Por Adriana Magalhães e Graciane Sousa
Atualizada às 16h50
Após uma longa audiência no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PI), motoristas e cobradores de ônibus entraram em acordo com empresários e Teresina não terá greve de ônibus. A reunião que começou às 9h durou até às 16h desta terça-feira (14). Além dos dois sindicatos, o superintendente da Strans, coronel Edvaldo Marques também participou representando a Prefeitura de Teresina.
A convenção coletiva foi assinada nesta tarde e a categoria já terá o incremento salarial neste mês de maio. No acordo ficou mantido o subsídio da Prefeitura de Teresina, de cerca de R$ 4,7 milhões, que sera repassado igualmente aos quatro consórcios.
No acordo ficou estabelecido que os empregados receberão um reajuste salarial de 6,97%. O valor do ticket alimentação subirá de R$ 300 para R$ 500, o que representa um aumento de 43%. E o aporte das empresas para o pagamento do auxílio saúde passa de R$ 80 para R$ 107, um reajuste de 34%.
“Depois de muita conversa, o entendimento prevaleceu com o diálogo com a doutora Sílvia Helena, juntamente com o procurador Dr. Edno e as partes envolvidas, o superintendente o coronel Eduardo Marques, juntamente com o Felipe, a gente chegou a um entendimento difícil, mas que deu certo e depois de décadas, Teresia é a primeira capital assim, negociando transporte coletivo sem greve”, afirmou o presidente do Sintetro, Francisco Cardoso.
Foto: Sintetro
A proposta da Prefeitura foi repassar R$ 4,7 milhões por mês, para os consórcios e o impasse seria sobre o rateio desse valor entre as empresas, ficou acertado que será dividido igualmente para os quatro consórcios, que terão o dever de aumentar o número de linhas e ônibus pela cidade.
“A diretoria de transporte está mapeando todas as linhas e vamos saber qual a necessidade da população. Os consórcios devem servir a população da melhor forma possível, o objetivo é chegar a 280 até 300 ônibus aumentando o número de viagens e percursos, chegando a novos empreendimentos que tem muita solicitação”, explicou o superintendente da Strans, Edvaldo Marques, que disse que o órgão faz fiscalizar a execução das cláusulas do contrato firmado.
Outro impasse entre o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) e a Prefeitura de Teresina diz respeito a uma ação judicial onde o sindicato cobra o pagamento de R$ 40 milhões, que seria devido pela gestão às empresas. A prefeitura apresentou a proposta de pagar R$ 10 milhões em oito parcelas de R$ 1,250 milhões. Esse montante seria amortizado da dívida total.