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“Atitude rasteira”, diz Flávio Araújo após descobrir demissão do Altos-PI por redes sociais

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Por Pâmella Maranhão

“Em 26 anos e três meses na profissão de treinador foi a maior decepção que tive. Atitude rasteira e sem caráter”, essa foi apenas uma das falas de Flávio Araújo, ex-técnico do Altos, sobre sua saída do comando, que aconteceu no último domingo (19) após a derrota por 3 a 1 para o Tocantinópolis pela Série D do Brasileiro.

Contextualizando você torcedor! 17 minutos após o encerramento da partida em Tocantins,o presidente licenciado do clube Altos, Warton Lacerda, colocou em um grupo de WhatsApp que o treinador junto a sua comissão técnica – Wellington Telles e Renan Carvalho estavam desligados do clube. Como sabemos, trocas de comando fazem parte no mundo da bola, mas o ponto chave é que Flávio Araujo descobriu através das redes socais em meio ao longo percurso 10h de estrada até Teresina sua demissão.  

“Eu sai do vestiário para o ônibus por volta das 19h15min e naquele momento fui chamado por minha comissão e dois jogadores que já estavam vendo as notícias na internet. De imediato, afirmei que era fake, mas cheguei a chamar o supervisor do time Marcio Ferreira que até aquele momento também não havia sido comunicado. Porém, quando paramos para jantar alguns minutos depois ele me chamou e confirmou, mas a partir dali o questionamento não foi a demissão, mas sim a falta de hombridade, atitude rasteira de sequer olhar nos meus olhos ou me procurar para fazer isso, pois se técnico de futebol tiver medo de demissão ele não trabalha, o questionamento não foi ser demitido e sim como foi feito”, pontuou Flávio Araújo.

O técnico deixou o clube após 27 partidas e cerca de seis meses de trabalho. Sob seu comando, o Jacaré conquistou o título de campeão Piauiense da temporada e teve classificações heroícas da Pré-Copa do Nordeste até as quartas de final do Nordestão, ou seja, para 2025 o Altos terá todas as cotas milionárias possíveis de competições nacionais.

“Você imagina. Voltar quase 10h dentro de ônibus passando por essa situação. Eu fiquei angustiado, me perguntando se eu, Wellington e Renan somos marginais para precisar passar por aquilo. Lá no dia 17 de setembro quando essa pessoa não tinha nenhuma credibilidade no mercado, nem para contratar 11 jogadores sequer, pois estava devendo todo mundo todos os atletas vieram e confiaram em mim e na comissão, ou seja, pegamos o Warton (presidente) liso, quebrado e no fundo do poço e volto a dizer que demissão faz parte em toda minha carreira eu nunca questionei uma demissão, pois só quero quem me quer, mas foi algo covarde”, acrescentou o ex-técnico do Altos.

RECADO AOS ATLETAS

Flávio Araujo foi quem montou praticamente 100% desse atual elenco do Altos. Ele narra que devido a toda situação não houve tempo para conversar com todos, mas fez questão de incentivar o decorrer do trabalho. 

“Aos que consegui falar eu pedi que seguissem trabalhando com a mesma dedicação. O Altos tem plenas chances de conseguir se classificar e vocês (atletas) merecem, pois são um grupo de homens”, afirmou.

FUTURO

“Graças a Deus já apareceram dois clubes. O trabalho que eu fiz aí me credenciou a voltar bem para o mercado e quanto a isso eu sou grato aos atletas e comissão, mas eu preciso de uns dias para oxigenar a cabeça, pois mesmo com toda minha experiencia como atleta e como técnico eu fiquei muito abalado”, descreveu Flávio.


O Altos tem pela frente mais 10 jogos na primeira fase da Série D do Brasileiro. O time volta a campo no sábado (25) contra o Fluminense-PI, às 16h, no Lindolfo. A partida irá marcar a estreia do técnico Carlos Rabello. O Jacaré é 7º colocado do grupo com quatro pontos somados em quatro jogos. 

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