O humorista e apresentador Diogo Defante lançou o videoclipe musical do seu single “Gari” em que mostra, pela primeira vez, o resultado de uma cirurgia para correção de "olho caído". Seu diagnóstico foi ptose palpebral adquirida, um termo médico para indicar a condição da queda da pálpebra superior, mas que, no caso dele, veio acompanhada de outras questões médicas.
"Descobri que era muito pior do que eu imaginava, e só descobri durante a cirurgia. Fiz vários procedimentos para tratar, tomei corticoide por meses, fiquei com efeito colateral, de humor e tudo", disse Defante.
De acordo com a oftalmologista do Hospital Oswaldo Cruz Ione Alexim, a condição sempre está associada a outras causas, mais frequentemente mecânicas, musculares, neurológicas ou traumáticas — gerada por impactos, como quedas. Ela ressalta que a condição, diferentemente do que muitos pensam, não tem relação com excesso de pele.
"Além de ser um problema estético, a ptose também pode causar restrição do campo visual importante, interferindo na independência, autonomia e qualidade de vida da pessoa", explica a especialista.
Outro caso conhecido de Ptose é o do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, que, segundo a especialista, também pode ser uma combinação com exoftalmia, quando o olho se projeta para fora da órbita ocular. "É uma hipótese. Teria que avaliar cada caso", ressalta.
Como surgem as ptoses?
Além de adquirida, como no caso de Defante, ela pode ser congênita, ou seja, por má formação do músculo que levanta a pálpebra superior. Nesse caso, ela surge logo no nascimento ou durante os primeiros meses de vida, podendo acometer um ou os dois olhos. Dentre as causas neurológicas estão a Síndrome de Horner, a esclerose múltipla e a Síndrome de Guillian-Barré, por exemplo.
Já as de causas mecânicas são aquelas ptoses agravadas por cicatrizes e tumores, que também geram o aumento do peso da pálpebra, interferindo na movimentação dessa região e culminando na condição. No caso dos idosos, a causa mais comum geralmente é o enfraquecimento muscular.
Quais são os sinais de atenção?
No surgimento ou persistência de qualquer anormalidade na pálpebra, que tenha algum sinal ou sintoma ocular, é necessário procurar um especialista para avaliar, segundo Alexim.
Se não tiver comprometimento visual, os planos e operadoras de saúde não costumam cobrir o procedimento de correção da pálpebra, já que não está no rol de cobertura da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Fonte: SBT News
