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Vítimas de duplo homicídio em Timon entraram em campo para pegar atalho; crime pode ter envolvimento de facção

Por Rebeca Lima e Tiago Melo (TV Cidade Verde) 

A Polícia Civil de Timon ouviu uma testemunha do duplo homicídio de Luiz Felipe dos Santos Dias, de 20 anos, e Victor Emanuel Silva de Sousa, de 19 anos, ocorrido na madrugada de ontem (4) em um campo de futebol em Timon. O jovem estava com as vítimas no momento do crime e conseguiu escapar da execução.

De acordo com o delegado Otávio Chaves, titular do Departamento do HomicídIos e Proteção à Pessoa (DHPP) de Timon, o trio voltava de uma festa e decidiu passar pelo campo de futebol para pegar um atalho e chegar mais rápido em casa quando foram surpreendidos por três suspeitos. No local, há pichações de uma facção criminosa.

“Eles teriam ido para uma festa e, ao término da festa, estavam voltando e pegaram um atalho, atravessaram o campo para chegar mais rápido em casa. Quando eles estavam nesse campo, eram três garotos e foram abordados por três sujeitos armados que determinaram que eles parassem. Um correu para um lado e dois correram para o outro”, pontuou o delegado.

Fotos: Renato Andrade/Cidadeverde.com 

Ainda segundo Otávio Chaves, uma das hipóteses levantadas pela polícia é o envolvimento de facção criminosa sem motivação aparente. Os familiares das vítimas negam o vínculo deles com as organizações criminosas. 

“Ao que tudo indica, infelizmente é mais um crime oriundo dessa briga de facções que acontece aqui na cidade de Timon. Os familiares negam envolvimento dos filhos, mas só pelo fato de você residir em uma determinada área aqui, você já é configurado como integrante de uma facção. Eles moravam em uma região de uma determinada facção e teriam recebido ataque de outra facção”, acrescentou.

O titular do DHPP de Timon pontuou também que a testemunha chegou a informar que não podia ir a determinada região, inclusive visitar sua mãe, porque seria de uma facção rival e poderia ser morto se entrasse no local.

“Conversando com uma testemunha que estava com ele lá, ele deixou claro que não podia andar em determinado bairro porque é da facção contrária. Disse que sua mãe mora no outro bairro, mas que não podia visitá-la pois seria morto”, finalizou o delegado.

 

 

 

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