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60% das revendas de botijões estão irregulares em Teresina

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O Sindicato dos Revendedores de Gás de Cozinha do Piauí alertam para insegurança de vendedores de botijão em Teresina. Mais da metade dos comerciantes de GLP estão irregulares na capital. Com estas informações o Procon realizou uma fiscalização na zona norte da cidade e recolheu botijões de estabelecimentos irregulares.
 
Fotos: Leilane Nunes/CidadeVerde.com
Segundo o advogado do sindicato, Edward Moura, atualmente 60% das revendas de gás são irregulares, a maioria faz entrega em domicílio usando motoboy. “São os clandestinos que representam insegurança e fazem o transporte dos botijões de forma irresponsável. Eles não tem preparo para, por exemplo, agir em caso de vazamento”, afirma.
 

Moura explica que é possível identificar os vendedores não autorizados através das motos que utilizam para fazer as entregas e pela sua identificação. “Não existe nenhum revendedor autorizado que faça entrega em motos com gambiarras. As oficiais usam carrinho padronizado e os motoboys são fardados e com crachá”, descreve. O advogado diz ainda que houve um grande aumento no número de estabelecimentos irregulares na cidade, por isso acionou o Procon.

Mocambinho
O CidadeVerde.com acompanhou a fiscalização em dois comércios da zona norte de Teresina realizada pelo Procon e pela Vigilância Sanitária Municipal. Ao todo, foram apreendidos 16 botijões em locais que não estavam de acordo com as normas de segurança.
 

O primeiro local visitado foi a Mercearia São José, de propriedade de José Ferreira da Silva. O estabelecimento funciona em uma sala pequena e dispunha os botijões de gás na frente de uma estante lotada de tinha fogos de artifício, cigarros e bebidas. Foram recolhidos quatro botijões e aplicada uma multa R$ 200.
 

Já no Motogás, foram recolhidos nove botijões. O estabelecimento que fica no térreo de um sobrado realiza entregas em domicílio e também fazia o armazenamento de forma inadequada. O dono da revenda, identificado apenas como Raimundo, ao receber uma chamada e levava um de seus botijões vazios até uma revenda autorizada que ficava próximo ao seu comércio, comprava o botijão cheio e realizava a entrega. “Mesmo assim, ele está irregular, porque não pode armazenar os botijões que mesmo vazios contém substâncias altamente explosivas”, explica o chefe de fiscalização do Procon, Sandro Borges.
 

 
Borges pede que a população ajude a denunciar os comércios irregulares. “Além de colocar em perigo as pessoas que trabalham nos locais, os vizinhos correm risco porque a explosão de um botijão pode atingir um quarteirão inteiro”, alerta.
 
Flash de Leilane Nunes (direto do local)
Redação Carlos Lustosa Filho
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