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DHPP diz que tiro foi a longa distância e indicia suspeito de matar namorada com tiro no olho por quatro crimes

Por Graciane Araújo

Foto: arquivo pessoal

O Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito que apurava a morte da jovem Maria Luisa da Silva Oliveira, de 19 anos. O crime ocorreu em julho deste ano, em uma kitnet no bairro Matinha, zona Norte de Teresina. O suspeito Dilberto Vieira se apresentou dois dias após o caso alegando que o tiro foi acidental. A delegada Nathália Figueiredo, que presidiu o inquérito policial, declarou que as provas indicam que a mulher foi vítima de um feminicídio e o namorado foi indiciado por mais três crimes. 

"Finalizamos o inquérito policial. Foi uma situação apresentada, inicialmente, pelo autor como um acidente, que a vítima teria tentado se matar com um revólver que ele tinha em casa e, na tentativa de tirar a arma dela, o disparo foi realizado de forma acidental. Precisávamos de provas técnicas para afastar ou atestar essa tese dele. Essa prova veio por meio de um laudo pericial complementar, no qual o médico legista atestou que o tiro foi realizado a longa distância, até porque não havia no corpo da vítima os efeitos secundários do disparo de arma de fogo, o laudo também apontou que se tivesse feito o disparo, na forma como ele relatou, teria, por exemplo, chamuscamento na parte do supercílio, até porque o disparo foi na área dos olhos. A perícia descartou a possibilidade de ter acontecido do jeito que o autor relatou", explica a delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do DHPP. 

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

O crime ocorreu na última segunda-feira (15), na Rua João Cabral. A jovem foi encontrada com um tiro no olho. Desesperados, vizinhos ainda colocaram a mulher em um carro na tentativa de salvá-la. 

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Dilberto Vieira- que já tinha antecedente criminais- foi indiciado por homicídio com três qualificadoras. 

"Por motivo torpe, uma vez que as testemunhas relataram que era uma relação abusiva; ele era extremamente ciumento e controlador, no dia mesmo da morte, a vítima tinha marcado de sair com as amigas e isso causava descontentamento por parte do autor; sem chances de defesa e o feminicídio", complementa a delegada. 

O suspeito foi indiciado também por fraude processual, pois tentou induzir a perícia ao erro, afirmando que a namorada teria cometido suicídio; além de tráfico de drogas e posse ilegal de arma de fogo de uso permitido. 

O inquérito do DHPP foi concluído nesta quarta-feira (24). Dilberto Vieira permanece preso e está à disposição da Justiça. 

Foto: Graciane Araújo/ TV Cidade Verde

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