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Em operações, Polícia Civil investiga cadeia de comercialização de veículos roubados no Piauí

Por Jade Araujo e Tiago Melo

Fotos: divulgação / SSP-PI

A Polícia Civil do Piauí conduziu e autuou 20 pessoas durante a Operação Rastreados, realizada nesta quarta-feira (07) na cidade de Barras, no Piauí. Entre as pessoas conduzidas, está um dono de loja autuado em flagrante com motor adulterado dentro do estabelecimento. Ao todo, 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em lojas físicas com 30 veículos, quase todos adulterados, com restrição de furto, roubo ou clonados apreendidos.

De acordo com Superintendência de Operações Integradas (SOI), o delegado Matheus Zanatta, a polícia segue com as investigações para autuação de outros envolvidos.

“Nós verificamos que muitos dos veículos saem de Teresina para serem distribuídos no interior do Estado. No entanto, nós estamos abrindo outras linhas de investigação para aprofundar o nosso inquérito policial e para verificar quem está fornecendo estes veículos adulterados, roubados e com outras infrações criminais”, afirma o delegado.

Anteriormente, a operação Rastreados foi realizada na cidade de São Miguel da Baixa Grande. De acordo com o delegado, a meta é identificar quem estaria fornecendo os veículos já apreendidos nas três fases da operação.

“Na penúltima operação Rastreados, que foi Rastreados 2, na cidade de São Miguel da Baixa Grande, somente em uma oficina nós conseguimos encontrar seis veículos adulterados. Inclusive o proprietário foi preso em flagrante e os outros veículos que nós apreendemos na cidade, que estavam com o consumidor final, foram comprados nesta oficina. Então nós vamos aprofundar a nossa investigação para verificar quem está fornecendo esses veículos”, esclarece.

A polícia também informa que durante a operação estão sendo consultados questões criminais, com foco na apreensão de veículos com algum tipo de restrição de roubo, adulteração, furto ou clonagem.

Ainda em entrevista ao Jornal do Piauí, o auditor da Receita Federal, Bruno Carvalho, afirmou atualmente existe uma cadeia de comercialização desses veículos que acontecem por meio de estabelecimentos clandestinos.

“O crime não está somente na pessoa que rouba e na pessoa que recebe no final. Existe uma cadeia de comercialização e essa cadeia de comercialização se dá através de estabelecimentos clandestinos, que não estão inscritos, que não tem autorização para funcionar. Se dá através da compra e venda sem nota fiscal. Então a Sefaz tem todo o interesse de participar, de ajudar o bom contribuinte. A Sefaz é parceira do bom contribuinte, do bom empresário, e para isso a gente precisa identificar essas pessoas que insistem em estar atuando fora da lei e trazer as medidas necessárias, de acordo com a gravidade, de acordo com a situação. Seja na intimação, para que ele possa se regularizar, seja na interdição do estabelecimento, seja nas multas que são aplicadas”, explica.

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