A ex-presidente da Emgerpi, Lucile Moura, quebrou o silêncio e declarou que também foi vigiada e sofreu com o clima de insegurança que se instalou na empresa após as denúncias de Jaylles Fenelon. Lucile falou sobre seu depoimento na Polícia Federal, sobre as denúncias e o consequente afastamento e negou que tenha tido qualquer participação com o caso dos espiões que foram presos vigiando Jaylles.
Quando Jaylles fez as denúncias e disse que ainda tinha informantes na Emgerpi, os funcionários começaram a especular quem seria. Por conta disso, o denunciante foi exonerado e seus colegas de trabalho que mantinham contato mais direto foram substituídos.
As denúncias de Jaylles contra Lucile também surtiram efeito contrário. Ela conta que recebia diariamente informações de funcionários sobre comportamentos duvidosos do rapaz, como aparecer com um carro de luxo e movimentações bancárias.
Vigilância
Assim como Jaylles, Lucile afirma que também foi vigiada. Isso aconteceu em vários momentos, tanto na sua casa, que está sendo construída, quanto na casa de sua mãe e na própria Emgerpi.
Ela diz que chegou a ir à polícia denunciar. Mas foi orientada de que, como não tinha provas, não teria como registrar a queixa.
Lucile também chegou a falar com Marcos Aurélio, chefe de segurança da Emgerpi, sobre as suspeitas de que estava sendo seguida.
Tragédia em Cocal
Tranquilidade de consciência é como Lucile define o que sente após a tragédia em Cocal. Para ela, foi feito tudo que poderia ser feito, tanto que aconteceu um "milagre" porque poderiam ter morrido muito mais pessoas.
"As famílias atualmente estão recebendo ajuda. É natural que elas estejam ansiosas para voltarem para suas casas. Mas as casas estão sendo reconstruídas. As famílias já receberam a verba para comprarem os eletrodomésticos. Acho um absurdo que o procurador do município esteja querendo indenização do Estado", explica.
Depoimento na Polícia Federal
Sobre seu depoimento, Lucile conta que a Polícia Federal lhe indagou apenas sobre o uso de verba do governo federal na obra da reforma da barragem Algodões I. Como ela negou, a PF saiu do caso.
Carlos Lustosa Filho (flash da ADH)
Leilane Nunes (redação)
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