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Blogueira e mais cinco pessoas são indiciadas por esquartejar e esconder o corpo de mulher

Por Breno Moreno e Graciane Araújo

Foto: Jade Araújo/Cidadeverde.com

A Polícia Civil do Piauí (PC-PI) indiciou seis pessoas pelo esquartejamento e a ocultação do cadáver de Silvana Rodrigues de Sousa. Além da blogueira Maria Clara Sousa Nunes Bezerra, conhecida como Clarynha Sousah, e de dois adolescentes apreendidos, o inquérito produzido pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) apontou a participação de outras três que seguem foragidas. 

"Desde que os mandados foram expedidos, nossas equipes se encontram se ponta a ponta da cidade no sentido de localizá-los. Tão logo eles sejam localizados, nós iremos dar fiel cumprimento a todos os mandados de prisão preventiva, tendo em vista que o inquérito foi encerrado e ele já tramita na Justiça", explicou o delegado Bruno Ursulino nesta terça-feira (20). 

O grupo deve responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa. “Os menores já se encontram apreendidos. Eles receberam a medida socioeducativa mais adequada, que a juíza entendeu necessário, e vão responder pelos atos infracionais equiparados ao homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa", pontuou o delegado.

Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com

Um dos adolescentes apreendidos é apontado como suspeito de cortar as penas de Silvana Rodrigues e colocá-las em um carrinho de mão. Apreendido em outras oportunidades por envolvimento em atos infracionais análogos ao crime de roubo, sua participação no esquartejamento é apontada como uma forma de admissão na facção criminosa.

Participação dos indiciados
A conclusão do inquérito do DHPP elencou nos autos do processo qual seria a participação de cada um dos indiciados, a partir das informações colhidas em interrogatórios. “Ficou bem evidenciado a questão da autoria intelectual ser da Maria Clara. Ela assume o papel de disciplina lá na região, onde ela coordena a ação e os movimentos de cada um dos envolvidos", disse Ursulino.

"Ela se utilizava dessa capa de blogueira, a fim de tentar desvirtuar sua real atividade. A gente sabe que ela tem envolvimento tanto com o tráfico de drogas na região, como também com a questão da fixação da organização criminosa por lá. Ela atuava como disciplina na região, o que ficou também evidenciado junto a todos os elementos de investigação nos autos", completou a autoridade policial.

Segundo o delegado, os dois adolescentes apreendidos confessaram participação no esquartejamento e ocultação do cadáver da vítima, além de revelar a participação de outras pessoas no crime. “Afirmam que cada um desses foragidos também participaram ativamente no momento do esquartejamento e do momento em que levaram a vítima até o local da casa para ser morta", completou. 

Em relação aos foragidos, Ursulino esclareceu que Francisco Josiel Ferreira e Sebastian Valério dos Santos também teriam participado do estrangulamento e esquartejamento de Silvana Rodrigues, enquanto João Victor Rodrigues de Paiva Barros teria levado a vítima até o local do crime e também ajudado em seu assassinato. 

Outras participações
Presos como suspeitos de participação no crime, Josenildo Dias da Silva, Márcio Nascimento de Sousa e Maria de Fátima não foram indiciados. Apesar disso, o delegado Bruno Ursulino ressaltou que os três ainda podem ser responsabilizados por omissão de socorro à vítima, já que a investigação sugere que eles sabiam do plano e não fizeram nada, além de organização criminosa.

A motivação
Conforme a investigação, Silvana Rodrigues foi morta pelo Tribunal do Crime após suspeita de que estaria repassando informações para uma facção rival. “Por conta dessa suspeita, eles acabaram armando uma cilada para que ela fosse levada até esse local. Quando ela se encontrava nesse local, teve seu celular arrancado de suas mãos, aconteceu uma verdadeira devassa junto a esse celular. Nesse aparelho verificaram que existiam mensagens que ela trocava com pessoas do grupo rival. Diante desses indivíduos que foram levantados nessa residência acabaram por definir que a pena que Silvana iria receber era da morte", concluiu o delegado. 

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