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Polícia prende suspeito de decapitar mulher esquartejada na zona Sudeste de Teresina

Por Jade Araujo e Najla Fernandes

Foto: Renato Andrade / Cidadeverde.com

A Polícia Civil do Piauí prendeu na manhã desta quarta-feira (21) de um homem identificado como Sebastian, suspeito de participar do esquartejamento de Silvana Rodrigues de Sousa, na Vila da Guia, no dia 23 de junho. Ao Noticia da Manhã, o delegado Bruno Ursulino destacou que Sebastian já respondia por um outro em São Raimundo Nonato. Ele seria o responsável por decapitar Silvana e ocultar o cadáver.

“Está mais do que esclarecido o envolvimento do Sebastian, inclusive a nossa investigação demonstra que o Sebastian no momento do esquartejamento da Silvana foi o responsável por realizar a decapitação dela. E a gente percebe que para ele está se tornando uma espécie de assinatura do crime porque em fevereiro, em São Raimundo Nonato, ele fez a mesma coisa. Um homicídio, seguido de esquartejamento, seguido de ocultação de cadáver. Então temos a felicidade de estar tirando um indivíduo desse de circulação”, afirma o delegado.

Durante a prisão, foram apreendidas com Sebastian três armas de fogo. A captura foi realizada na cidade de Timon, no Maranhão e contou com apoio do policiamento do estado. Agora, Sebastian fica a disposição do poder judiciário.

Com a prisão de mais um suspeito, a polícia agora tem dois indiciados ainda foragidos. O inquérito sobre o caso foi encerrado com o indiciamento de seis pessoas, entre elas, a blogueira Maria Clara, conhecida como Clarynha Sousah, apontada como mandante e executora do crime.

O grupo deve responder por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa. Dois menores foram apreendidos e respondem aos atos inflacionários análogos aos crimes: “Os menores já se encontram apreendidos. Eles receberam a medida socioeducativa mais adequada, que a juíza entendeu necessário, e vão responder pelos atos infracionais equiparados ao homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa", pontuou o delegado.

Participação dos indiciados

A conclusão do inquérito do DHPP elencou nos autos do processo qual seria a participação de cada um dos indiciados, a partir das informações colhidas em interrogatórios. “Ficou bem evidenciado a questão da autoria intelectual ser da Maria Clara. Ela assume o papel de disciplina lá na região, onde ela coordena a ação e os movimentos de cada um dos envolvidos", disse Ursulino.

"Ela se utilizava dessa capa de blogueira, a fim de tentar desvirtuar sua real atividade. A gente sabe que ela tem envolvimento tanto com o tráfico de drogas na região, como também com a questão da fixação da organização criminosa por lá. Ela atuava como disciplina na região, o que ficou também evidenciado junto a todos os elementos de investigação nos autos", completou a autoridade policial.

Foto: Jade Araujo / Cidadeverde.com

Segundo o delegado, os dois adolescentes apreendidos confessaram participação no esquartejamento e ocultação do cadáver da vítima, além de revelar a participação de outras pessoas no crime. “Afirmam que cada um desses foragidos também participaram ativamente no momento do esquartejamento e do momento em que levaram a vítima até o local da casa para ser morta", completou. 

Outras participações

Presos como suspeitos de participação no crime, Josenildo Dias da Silva, Márcio Nascimento de Sousa e Maria de Fátima não foram indiciados. Apesar disso, o delegado Bruno Ursulino ressaltou que os três ainda podem ser responsabilizados por omissão de socorro à vítima, já que a investigação sugere que eles sabiam do plano e não fizeram nada, além de organização criminosa.

A motivação

Conforme a investigação, Silvana Rodrigues foi morta pelo Tribunal do Crime após suspeita de que estaria repassando informações para uma facção rival. “Por conta dessa suspeita, eles acabaram armando uma cilada para que ela fosse levada até esse local. Quando ela se encontrava nesse local, teve seu celular arrancado de suas mãos, aconteceu uma verdadeira devassa junto a esse celular. Nesse aparelho verificaram que existiam mensagens que ela trocava com pessoas do grupo rival. Diante desses indivíduos que foram levantados nessa residência acabaram por definir que a pena que Silvana iria receber era da morte", concluiu o delegado. 

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