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Queimadas: saiba quais são os efeitos da fumaça e fuligem no corpo?

Por SBT News

Foto: Freepik

A temporada de queimadas no Brasil, onde a fumaça e a fuligem já atingem ao menos onze estados brasileiros, também pode trazer efeitos nocivos à saúde, principalmente no que diz respeito às vias aéreas, que são prejudicadas pela inalação da fumaça, que libera substâncias tóxicas no processo de queima, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Além de São Paulo, o estado mais afetado, em que 48 cidades continuam em alerta máximo para queimadas e Brasília, no Distrito Federal, onde já foram registradas 110 ocorrências de incêndio em vegetação, segundo os Bombeiros, cidades como Goiânia (GO), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG) amanheceram com o céu tomado por uma névoa de fumaça neste domingo (25).

Desde a semana passada, a Amazônia registra o maior número de focos de fogo até agosto em 14 anos.

Como a fumaça e a fuligem afetam o corpo?

De acordo com o presidente da SBPT, José Miguel Chatkin, a fumaça da queimada é composta de fuligem, que consiste em material particulado, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e outros orgânicos voláteis. Sua inalação causa inflamações nas vias aéreas, que podem resultar em irritações nos olhos, nariz e garganta.

Os mais afetados pelas queimadas são as crianças e idosos. O especialista lembra que doenças respiratórias são a principal causa de internação de crianças e que entre 10 e 15% dos brasileiros têm asma ou bronquite crônica, que também são considerados grupo de risco, junto com pessoas que possuem outros problemas respiratórios, cardíacos, imunológicos e similares, segundo o Ministério da Saúde.

Para essas pessoas, a orientação é buscar atendimento médico para atualizar o plano de tratamento, além de manter disponíveis medicamentos e itens prescritos pelo médico, para o caso de crises agudas e avaliar a possibilidade de sair temporariamente da área impactada pelas queimadas, segundo a pasta.

Veja outras recomendações do Ministério da Saúde para que a população evite a exposição à fumaça que se espalha pelo país.

Confira:

  • Aumentar a ingestão de água e líquidos, o que ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;
  • Reduzir ao máximo o tempo de exposição à fumaça, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;
  • As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários em que se perceba elevada concentração de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;
  • Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;
  • Usar máscaras do tipo “cirúrgica”, panos ou lenços para reduzir a exposição às partículas de fumaça, especialmente para populações que residem próximo a focos de queimadas;
  • Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentos a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.
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