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Bairro Saci reduziu em 21% a população, revela IBGE

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É da zona sul que pulsam muitos dos sinais vitais de Teresina. A arrecadação no posto fiscal da Tabuleta é uma das principais do Estado, que tem seu centro administrativo abrigado na região, bem como seus fiscais do Tribunal de Contas. Região de poder, também é marcada pela arte de Mestre Dezinho na Igreja da Vermelha e a encenação da Paixão de Cristo no Monte Castelo, referência no esporte com o estádio Albertão e fonte da energia que ilumina a capital.
 
 
 
Dentro dessa zona sul de tamanha importância, o Saci é um exemplo real da Teresina que todos sonham. Construido nos anos 70 em volta da Saci S.A. Concretos Industrializados, o bairro tem uma praça para cada 130 casas (são 16). Só três em cada 100 moradores não passaram pela escola. A renda mensal é quatro vezes maior que a média da população da capital, e 80% moram em casa própria, segundo dados de 2000. Ainda assim, por qual motivo a população do bairro caiu 21,4% em 16 anos?
 

"Os filhos casaram, ganharam asas, foram morar em outros bairros", explica o motorista aposentado José Lula, que houve da esposa Maria de Jesus outra explicação. "Aqui é o segundo Jockey, uma casa aqui é muito cara", relata a dona de casa. No bairro com hospital, escolas, linhas de ônibus, e comércio forte, o casal vive sozinho. Antes, quando os filhos eram pequenos, na mesma casa viviam 12 pessoas.
 
 

Número de habitantes do Saci nos últimos anos

1991 – 10.343
1996 – 9.755
2000 – 9.183
2007 – 8.517
Diferença total de -21,44% entre
os anos de 1991 e 2007
Mas há quem queira voltar, como o sociólogo Messias Júnior. Morando no bairro vizinho, ele visita a mãe corretora de imóveis todo dia, na espera de notícias de uma casa disponível. "Eu sonho em voltar para cá, aqui é o melhor lugar do mundo. O Saci é acolhedor, é uma família", garante.
 

Ana Flávia Castro conseguiu voltar para a mesma casa após seis anos em São Paulo. Depois de estudar Direito, Administração, Turismo, e até Jornalismo, ela fez contatos com grifes internacionais e vive da Moda. A criatividade fez ela voltar muitas vezes para casa com outras roupas. As amigas não deixavam ela sair da balada com o vestido que adoraram. Com a costureira Helena Castro, elas reuniram mais de 150 clientes. Algumas na Europa e Estados Unidos. E tudo é produzido no Saci.

Assim, quem mora no bairro não precisa se deslocar para comprar roupas, bem como não é preciso sair da zona sul para adquirir autopeças ou material de construção. A venda de toda a cidade é concentrada na avenida Miguel Rosa e na Piçarra, respectivamente, em áreas mais próximas do Centro. A oferta de produtos e serviços na região ainda é acompanhada pela simplicidade e o carisma comuns de quem vive na nossa Cidade Verde.

Reportagem especial: Indira Gomes (TV Cidade Verde)
Redação: Fábio Lima (Cidadeverde.com)
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