O grupo Pão de Açúcar engordou consideravelmente com a compra da Casas Bahia, passando a ocupar a terceira posição no ranking das maiores empresas privadas não financeiras (bancos e afins) do Brasil.
Pelos dados fechados de 2008, o novo grupo faturou R$ 40 bilhões em 2008 (R$ 14 bilhões da Casas Bahia mais R$ 26 bilhões do Pão de Açúcar) e agora só perde para a mineradora Vale do Rio Doce (R$ 70 bilhões em 2008) e o grupo siderúrgico Gerdau (R$ 42 bilhões).
Pelos faturamento de R$ 30 bilhões no ano passado, o grupo frigorífico JBS-Friboi ocupa a quarta colocação.
Empresas mantidas
A associação entre a Casas Bahia e o segmento de venda de bens duráveis do Grupo Pão de Açúcar não deve resultar na extinção de nenhuma das três marcas envolvidas no negócio: Ponto Frio, Casas Bahia e Extra Eletro. Segundo o presidente da Casas Bahia, Michael Klein, essa diferenciação será feita para manter a segmentação do público para a nova empresa.
Segundo informações de ambas as companhias, a marca Casas Bahia tem penetração maior nas classes D e E, enquanto o Ponto Frio alcança mais as classes A e B. As duas cobrem a classe C.
Klein afirmou que a sobreposição nas 1.015 lojas do grupo resultante da associação é pequena. Segundo ele, onde houver lojas contíguas, haverá unitização, mantendo a marca que a empresa considerar mais adequada para o local do ponto de venda.
O presidente da Casas Bahia também disse que nesta mesma linha podem ser feitas alterações na marca de algumas lojas, baseadas em pesquisas de mercado a serem conduzidas pela nova empresa.
Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Grupo Pão de Açúcar, disse que a manutenção das marcas vai permitir que seja feita uma diferenciação também para os produtos e serviços, inclusive com diferenças no padrão de qualidade.
Fechamento
Com relação à sobreposição das lojas, Diniz afirmou que pode haver o fechamento das sobrepostas onde não houver a possibilidade de unitização. Mas disse que se tratam de cerca de 100 casos entre as pouco mais de mil lojas das marcas Ponto Frio, Extra Eletro e Casas Bahia.
O presidente do Pão de Açúcar afirmou ainda que a associação das duas empresas tem por objetivo não apenas atuar em todos os Estados do País, mas chegar a todos os municípios. Atualmente, a união marca presença em 18 Estados e 337 municípios.
Klein destacou ainda que a união vai permitir aos dois conglomerados crescer mais do que separados. De acordo com o estudo apresentado nesta sexta-feira, o grupo resultante da associação terá uma economia de R$ 2 bilhões (em Valor Presente Líquido) em sinergias, que incluem centralização das compras; integração dos centros administrativos, logísticos e de TI; unificação da plataforma de e-commerce; parcerias com fornecedores; ganhos de escala com propaganda; potencialização de serviços financeiros e racionalização logística.
Fonte: Terra
