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Polícia Civil paralisa por 48 horas e pode grevar durante o Carnaval

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Na manhã desta quarta-feira (06), policiais civis se reuniram na Praça Saraiva, centro de Teresina, para deliberar sobre a paralisação da categoria. Durante a assembleia, foram debatidas questões salariais e a retirada de presos de todas das delegacias no Estado. Segundo dados do Sinpolpi (Sindicato dos Policiais Civis do Piauí), só em Teresina, 250 detentos ocupam as celas dos distritos.

Os policiais reclamam da disparidade entre a gratificação de delegados e agentes, que chega a 600% no Estado. De acordo com o presidente do sindicato, Cristiano Ribeiro, um policial chega a ganhar menos de 20% do salário de um delegado. Outro ponto questionado pela categoria é o aumento do tíquete alimentação, que atualmente custa R$ 80.


A primeira proposta era de que os policiais paralisassem por 24 horas e, caso não houvesse negociação durante esse período, seria definida a data de uma greve geral por tempo indeterminado. Porém, a categoria definiu por uma paralisação de 48 horas a partir da próxima segunda-feira (11), com a possibilidade de cruzar os braços durante o Carnaval. "Trabalhamos sob condições insalubres e queremos alertar a população e as autoridades para isso. Por esse motivo, vamos paralisar na semana que vem e a categoria vai deliberar se teremos greve durante o Carnaval ou não, mas fica o alerta". afirma Cristiano.

A assembleia contou com a presença de policiais de distritos, de delegacias especializadas e até inativos. O Carnaval é uma das épocas do ano em que o policiamento é reforçado em todo o Estado, medida que ficará comprometida caso a greve seja deflagrada.

 

 


Naruna Brito

Especial para o Cidadeverde.com

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