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Famílias em abrigos reclamam da falta de assistência em bairros

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Foram apenas três meses no conforto de casa, mas o pesadelo já voltou à vida dos familiares da dona Maria Mendes, que passou praticamente todo o ano de 2009 no ginásio Edmilson Jorge, no Dirceu Arcoverde, depois que sua casa foi invadida pelas águas nas enchentes do ano passado.



“Eu e minha família estávamos apenas há três meses em casa e logo nessas primeiras chuvas tivemos que voltar ao ginásio. Nossa casa na Vila Lucy foi novamente invadida pelas águas”, declarou dona Maria Mendes.




Segundo ela, sua família de oito pessoas recebeu apenas meia cesta básica no dia 30 de dezembro, quando retornaram ao ginásio e sua neta de dois anos está doente. “Passou uma enfermeira do Programa Saúde da Família e deu apenas uma dipirona para ela, mas ela não melhorou”, afirmou.


Em outra parte do ginásio, que é separado por lençóis, está Maria da Luz da Conceição Sousa com cinco netos também doentes. Ontem a filha de dona Maria teve que ser levada até o hospital do Dirceu. “Juntamos um pouco de dinheiro que ainda tínhamos e compramos o remédio para ver se ela fica boa”, declarou.




Ela também reclamou da cesta básica que recebeu. “Só tinha arroz, carne e uma lata de óleo”.




No local estão abrigadas 146 pessoas, destas 66 são crianças e todas moram na Vila Lucy, zona Sudeste, que teve as casas invadidas pelas águas logo nas primeiras chuvas em Teresina.



De acordo com os moradores, o problema na Vila é ocasionado pelo acúmulo de água das chuvas, em decorrência da construção de um muro que impede a água de passar.


SEMTCAS



“Hoje pela manhã foram distribuídas cestas básicas para as 38 familias, que precisam também de colchões que estão sendo providenciadas. A orientação do prefeito Sílvio Mendes é deixar que elas permaneçam do ginásio até o tempo necessário, até que consigam uma casa em área sem risco”, declarou a secretária Graça Amorim.


Essas famílias estão cadastradas para irem para as casas no residencial Flor do Campo tão logo sejam construídas as casas. Segundo ela, essas são as únicas que estão em abrigos. Na zona Sudeste possui seis na família acolhedora e onze na zona Norte.




Flash de Leilane Nunes
Redação Caroline Oliveira
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