O governo Federal demitiu mais de dois mil servidores públicos por corrupção em seis anos, segundo um levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU). Os servidores estariam envolvidos em práticas ilícitas, no período entre janeiro de 2003 e dezembro de 2009.

Além de 2.069 demissões; outros 184 foram destituídos de cargos em comissão e 145 tiveram suas aposentadorias cassadas. O principal motivo das expulsões foi valer-se do cargo para obtenção de vantagens (1.236 casos, sendo 32,39% do total).

Somente no ano de 2009, foram 429 os servidores penalizados por práticas ilícitas no exercício da função, o que representa um aumento de 20% em relação a 2008, que apresentou um total de 347 agentes públicos expulsos do serviço público.

O principal tipo de punição aplicada em 2009 também foi a demissão, com 364 casos. Foram aplicadas ainda 24 penas de cassação de aposentadoria e 41 de destituição de cargo em comissão.

A improbidade administrativa está em segundo lugar, como principal motivo, com 714 casos (18,71%); as situações de recebimento de propina somaram 232 (6,08%) e os de lesão aos cofres públicos, 171, representando 4,48%.

A intensificação do combate à impunidade na Administração Pública Federal é uma das diretrizes do trabalho da Controladoria-Geral da União, coordenadora do Sistema de Correição da Administração Pública Federal, que conta hoje com uma unidade em cada ministério e é dirigido pela Corregedoria-Geral, órgão integrante da estrutura da CGU.

Da redação
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