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Cícero Filho começa a gravar última parte do filme Flor de Abril

A terceira fase do filme “flor de Abril” começou a ser gravada nesta quarta-feira, na cidade de Campo Maior, a cerca de 85 Km de Teresina. Produção ambiciosa de Cícero Filho, diretor da festejada da comédia “Ai que Vida”, o novo filme é um mergulho em situações psicológicas vertiginosas. Amor, ódio, dor, decepção e perda se entrelaçam ao longo da história de Teresa, personagem vivida pela atriz maranhense Dayse Bernardo. Vítima das circunstâncias, Teresa é uma moça simples que busca o amor. É essa busca que a conduz a situações limites.


Apesar da trama repleta de reviravoltas, “Flor de Abril” não é um drama piegas, daqueles que simplesmente desejam fazer o público chorar. “Quero contar uma boa história”, diz Cícero Filho, que antes de fazer 27 anos, já acumula um currículo cinematográfico invejável. Ele é diretor de 24 produções, mas apenas duas destas estrearam no circuito comercial: o drama “Entre o Amor e a Razão” (2006) e a comédia “Ai que Vida” (2007), verdadeiro fenômeno junto ao público do Norte e Nordeste. A popularidade do filme o levou ao programa Jô Soares no final de 2009 e a ser convidado a diversos festivais de cinema no país.


A história de Teresa, que sucessivamente muda de identidade, passando pela prostituta Soraya Tempestade e pela atormentada Clarice, está sendo urdida há dois anos. “Tive a inspiração durante uma viagem de ônibus de Poção de Pedras para Teresina”, conta ele. Depois desse insight, Cícero passou a noite escrevendo em todo papel que encontrava pela frente, consumindo cadernos, agendas e papéis avulsos. Depois disso, a história original foi passada a dois roteiristas, ao escritor maranhense Paulo Batalha e depois para a jornalista Kelma Gallas, que revisou a estrutura inicial e fez o acabamento das cenas e diálogos. “Fugimos do drama fácil. O filme tem momentos de tensão, de conflitos intensos e até de comédia. O nosso trabalho foi o de dar densidade psicológica aos personagens e dar consistência aos diálogos”, explica Kelma Gallas.


O filme está orçado em cerca de 300 mil. Parte desse recurso já foi conseguido junto ao Governo do Estado do Piauí, mas há uma grande promessa de que o Governo do Estado do Maranhão também ajude. “Esse é um filme que exalta não apenas as belezas dos dois estados, mas praticamente reafirma a identidade do homem nordestino, com seus hábitos, costumes, culinária, forma de falar”, explica. A terceira fase está sendo gravada em Campo Maior, com o apoio da prefeitura da cidade. “Vamos concentrar parte das filmagens na fazenda Abelheiras, que tem mais de 300 anos”, explica Cícero Filho. De propriedade de Anfrísio Neto Lobão Castelo Branco, a fazenda foi escolhida devido sua riqueza cenográfica. Ainda há vestígios dos três séculos de história dentro do monumental casarão e também nas imediações.

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