O presidente da Fundação Monsenhor Chaves, Cineas Santos, criticou hoje a atitude de alguns políticos do Piauí que usaram o Carnaval para contestar o modelo adotado para o Carnaval de Teresina. Segundo Cineas, alguns políticos propuseram a construção de um sambódromo e alardearam que o Carnaval da capital seria uma "tragédia". Para ele, agora é a hora de prometer melhorias, ironiza.

"Eu desconfio de quem se antecipa. Houve um bombardeio de que o Carnaval seria uma tragédia. O que eu vi foi a população brincando. Teresina tem vocação para eventos. Eu acho é que devemos ter menos politicagem e mais política pública. Deixa o palanque para a época da campanha e não para o carnaval. Políticos antes prometeram coisas e criticaram. Sugiro que a liga [das escolas de samba]começe a cobrar desses políticos e eles começem a usar isso como palanque", afirma Cineas.

O presidente da Fundação diz ainda que esteve discretamente em todas as praças ao menos três vezes ao dia em todos os dias de folia e o que constatou foi a satisfação de pessoas que nunca haviam visto uma fantasia de escola de samba.

"Eu estive em todas as praças pelo menos três vezes por dia todos os dias e não subi no palco, não apareci para a imprensa. Ontem eu vi crianças no Parque Piauí. Eram crianças em carrinhos de bebê. A conclusão é que a população entendeu o propósito deste formato", diz.

Cineas criticou ainda a postura de alguns meios de comunicação. "Hoje, lendo os jornais, tive a impressão de que tivemos dois carnavais. Gostei do que vi e fui parado por muitas pessoas que elogiavam e apenas uma pessoa no Dirceu me disse que gostava mesmo era de avenida", afirma.

Leilane Nunes
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