O Tribunal de Justiça divulgou nesta segunda-feira (22) a decisão contrária à Câmara Municipal de Curimatá, que prolongou o prazo de posse do prefeito José Arlindo da Silva Filho, o Zezinho da Cincal (PR), eleito em 2008 e preso semanas depois acusado de roubo de cargas em Pernambuco. Ele estava detido quando deveria assumir o comando do poder público, e os vereadores alteraram a lei em seu favor.

A decisão tomada no dia 3 de fevereiro pela 1ª Câmara Cível foi de que a mudança promovida pela Câmara, ampliando o prazo de posse de 10 para 90 dias, não tinha motivo de força maior para ser realizada, pois a ausência do prefeito foi provocada por sua prisão. A decisão ainda impõe o afastamento do prefeito de Curimatá até o julgamento em definitivo do mandado de segurança.

Sendo assim, o vice-prefeito Lailson Guerra (PMDB), poderá assumir a Prefeitura ainda nesta terça-feira, quando é aguardada a publicação da decisão no Diário da Justiça. Ele é primo da ex-prefeita Estelita Guerra. 

Além de tentar garantir a permanência do prefeito, os advogados também lutam contra outra ação, no âmbito eleitoral, movida pela coligação Curimatá Unica. O processo acusa prefeito e vice de compra de votos e abuso de poder econômico, com a contratação de 356 pessoas na área de serviços gerais em 14 de setembro de 2008, sendo tal ato proibido no segundo semestre do ano eleitoral. Na quinta-feira, haverá audiência de diligências na cidade para apurar a denúncia.