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Caso Isabella: casal Nardoni dá sua versão para o crime em depoimento

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Depois do depoimento de sete testemunhas e passados três dias de julgamento no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo, chegou a vez do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá apresentar suas versões da polêmica morte de Isabella, ocorrida em março de 2008. Na manhã desta quinta-feira, os réus serão ouvidos pelo conselho de sentença e tentarão contestar as provas que indicam a culpa no assasinato da menina de 5 anos, que foi jogada do sexto andar do edifício London.


Ainda sem ordem definida pelo Tribunal de Justiça, o casal inicia a autodefesa a partir das 9h no Plenário, um de cada vez. Em seguida, o próximo passo pode ser o pedido de leitura das peças, ou então pode valer a opção do juiz Maurício Fossen de passar diretamente para a fase de debates, com argumentações da acusação e da defesa. Cada uma das partes tem direito a duas horas de explanação, ainda com possibilidades de réplica e tréplica.


O depoimento dos réus, um dos momentos mais aguardados do caso, deve tomar quase todo o dia. Ainda existe a possibilidade do advogado de defesa do casal, Roberto Podval, solicitar a acareação, fato que colocará frente a frente os acusados com a mãe da vítima, Ana Carolina Oliveira, que se encontra isolada no Fórum de Santana desde a última segunda-feira, dia em que foi ao Plenário e abriu os testemunhos diante do júri.


Após mais este procedimento, o conselho de sentença se reúne e vota os quesitos para determinar a condenação ou absolvição do casal. Em seguida, o juiz Maurício Fossen fará a leitura da decisão do júri no Plenário e, caso se confirme a condenação a Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, estabelecerá a pena ao casal.


Nesta quarta-feira, oito testemunhas foram dispensadas pela defesa e somente três depoimentos ocorreram. A primeira do dia, a perita Rosângela Monteiro foi ouvida por mais de cinco horas. Em seguida, foi a vez do jornalista Rogério Pagnan e do escrivão Jair Stirbulov, únicos a depor por parte da defesa dos Nardoni.


Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na Zona Norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.


O júri popular do casal começou na segunda-feira e deve durar cinco dias. Pelo crime de homicídio, a pena é de, no mínimo, 12 anos de prisão, mas a sentença pode passar dos 20 anos com as qualificadoras de homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e tentativa de encobrir um crime com outro. Por ter cometido o homicídio contra a própria filha, Alexandre Nardoni pode ter pena superior à de Anna Carolina, caso os dois sejam condenados.


Fonte: JBOnline

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