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DNIT afirma que falta projeto para alargar ponte; Engenheiro contesta

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Continua o impasse entre a Prefeitura de Teresina e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (DNIT) a respeito do alargamento da ponte Jucelino Kubistchek, que liga a avenidas Frei Serafim a João XXIII. O superintendente do DNIT, Sebastião Ribeiro Braga, diz que não autoriza o início da obra sem o projeto executivo de engenharia. A intervenção já foi licitada e teve ordem de serviço assinada pela Prefeitura de Teresina em março, e deveria ter iniciado em abril, após a inauguração da ponte estaiada.





A Prefeitura já fez a licitação com o projeto básico e lançou a ordem de serviço, mas a empresa vencedora está impedida de começar as obras pelo DNIT. Para Sebastião Ribeiro, isso acontece porque o projeto está incompleto, sem a licença ambiental e obediência aos parâmetros.

“Até como eles chamam o projeto é diferente: o nome é adequação de capacidade, e não alargamento. Eles só entregaram a concepção, que é boa, mas precisa do projeto executivo de engenharia, com todas as licenças e estudos de impacto ambiental”, explicou o superintendente.

Ele pede ao Tribunal de Contas da União, do Estado, Ministério Público, Polícia Federal para que solicitem o projeto da Prefeitura e observem que, como está, não dá para ser autorizado.

O ex-superintendente de Desenvolvimento Urbano, Marco Antônio Ayres, participou por telefone durante o Jornal do Piauí e disse estar surpreso com as declarações do superintendente.





“Todos os trâmites foram feitos, licitação feita e obra de serviço assinada. Inclusive ele foi convidado, mas não compareceu. Eu acredito que ele não tenha autonomia administrativa suficiente para autorizar a obra e por isso mandou para Brasília, que está burocratizando”, afirmou Marco Antônio.

Ele acrescenta que a Prefeitura está fazendo a reforma na ponte da Primavera com projeto básico, fez a ponte Estaiada com projeto básico, e que só durante o projeto executivo foi se desenvolvendo. “É má vontade do superintendente, a mesma que possui para entregar a avenida João XXIII para a Prefeitura, mesmo sendo uma rodovia totalmente urbana”, finalizou.

Sebastião Ribeiro respondeu as críticas do ex-gestor dizendo que possui sim autonomia, e que por isso teria enviado o projeto a Brasília. “Tenho autonomia, mas também tenho responsabilidade e só autorizo com o projeto executivo de engenharia. Convoco o TCU, Controladoria Geral da União (CGU), o Ministério Público para olharem o projeto e verem que ainda falta um bocado de detalhes. E não começo a obra sem o projeto executivo. Antes de autorizar devem terminar o projeto”, argumentou Sebastião, que criticou os acessos da ponte estaiada. 

 
Caroline Oliveira
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