“Comecei a roubar e vender coisas de casa para comprar drogas. Já apanhei várias vezes dos outros [viciados] por causa disso”. Esse é o drama do adolescente de iniciais A.A.C., de 16 anos, que é usuário de drogas há seis.

 

No entanto, segundo a mãe do adolescente, Ivana Maria de Araújo, ele a procurou no Dia das Mães e pediu ajuda. “Ele disse que, apesar de ser o Dia das Mães, era ele que ia pedir um presente e pediu, pelo amor de Deus, para ser internado, que não agüentava mais essa vida. Disse que tanto estava sofrendo ele como eu, e que queria viver, não queria morrer”, informou a mãe, que descobriu há três meses que o filho é usuário de crack.

 

O drama de Ivana Maria e das milhares de famílias que sofrem com esse problema em todo o Brasil, foi tema de debate no Jornal do Piauí, na tarde de hoje, com a presença do psicólogo Edson Traumaturgo, do psiquiatra Half Trajano e do titular da delegacia de Entropecentes, Samuel Silveira.

 

Para o psiquiatra Half Trajano, a melhor maneira de evitar a dependência química é não experimentar a droga. “A dependência é a busca pela repetição do prazer. A prevenção é não experimentar”, disse.

 

Segundo o delegado Samuel Silveira, outra saída para se evitar a dependência química é o combate ao tráfico de drogas. “A droga está associada ao crime e ao tráfico de drogas que hoje se transformou em uma empresa. A polícia tem se esforçado para combater o tráfico”, afirmou.

 

O psicólogo Edson Trajano esclareceu que, para aqueles que já sofrem com a dependencia química, Teresina já oferece centro especializado em ajudar essas pessoas. “A pessoa interessada só precisa ir até o CAPS [Centro de Atenção Psicossocial], no horário da manhã ou tarde, que será atendido por um dos nossos profissionais”, explicou.

 

De acordo com Edson Trajano, o atendimento é grátis e não é necessária marcação de consulta. Os interessados em mais informações podem entrar em contato pelo número 3215-7762.