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Lais faz fotos para a Vogue e diz que não se inspira em Bündchen

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A modelo Laís Ribeiro, 20 anos, teve que suspender sua folga no Piauí após um telefonema: “meu booker (faz agenda e contratos) me ligou avisando que tinha uma notícia ruim e uma boa. A ruim é que eu teria que suspender as férias. A boa é que vou tirar fotos para a Vogue Brasil”, conta Laís ao participar de entrevista ao Cidadeverde.com.


Fotos: Yala Sena/Cidadeverde.com



Laís, que foi descoberta ano passado, bateu o recorde de desfiles no Fashion Rio deste ano. Considerada uma das modelos mais promissoras do mundo da moda, Laís conta que não gosta de maquiagem e não se inspira na top Gisele Bündchen.


Na entrevista, a modelo revela ainda que é cansativo o mundo da moda e que já chegou a desmaiar de tanto desfile. Em Teresina, a visita de Laís foi bastante comentada, já que foi flagrada pegando ônibus em plena avenida Frei Serafim, a mais movimentada da capital piauiense. Laís, durante a entrevista a TV Cidade Verde para o Tudo de Bom, se recusou a usar maquiagem e revelou que gosta do rosto sem pintura.



Como uma modelo é avessa a maquiagem?

Risos. Não gosto muito. Prefiro ficar com o rosto limpo e sem nada no cabelo. Eu sempre fui assim. A maquiagem desgasta muito a pele da gente. Um dia desses, fiz sete desfiles. Então, são sete maquiagens diferentes e aquele lencinho, às vezes, irrita muito. Eu quero evitar o uso da maquiagem no rosto para a pele descansar.




 
Você é apontada como novo padrão de beleza da moda? Porque o seu biótipo está fazendo sucesso?


Acho que profissionalmente se deve as minhas pernas serem finas e longas e por eu ter quadril largo. A maioria das meninas altas, elas não tem o quadril largo. Mesmo que ninguém acredite, as medidas sempre funcionam. Você tem que estar com a medida e o peso tudo certinho, senão terá dificuldade de encontrar trabalho.


Foto: Pollyana Carvalho



Tem alguma desvantagem de ser top internacional?

Então. Risos. Eu achei até um fato engraçado terem me fotografado pegando ônibus na avenida Frei Serafim  e indo para a minha cidade (Miguel Alves, interior do Estado). Isso é comum pra mim. Agora, para as pessoas ficam estranhando por eu estar trabalhando, por estar aparecendo na mídia. Eu acho um fato super simples e pra eles foi extraordinário (risos). Eu quero a minha vida normal, igual ao que sempre foi.




Dá pelo menos para namorar?

Risos. De vez em quando dá pra dar uma escapada, mas o foco é no trabalho



O que você estranhou no mundo da moda?

A correria. Eu cheguei ao cúmulo do meu estresse. Eu não conseguia nem pensar direito. Às vezes não dava tempo de comer, de dormir. Eu estava dormindo quatro horas por dia. E é muita correria. Muita gente pensa que é só glamour, pelo contrário, é um trabalho duro para as pessoas verem seu desempenho. Por isso é compensador.



Você é paranóica com regime, alimentação...

Risos. Não, não, graças a Deus não. Eu até engordei um pouco, pois fui para Nova York e lá não tem muita opção de comida e eu não sei cozinhar (risos), então era só pizza e Mcdonald’s. Agora, estou me regrando mais porque não posso ficar a cima das medidas. Mas, eu não sou grilada com esse negócio de comida.


Sempre estão comparando você e a Gisele Bündchen, acredita que é possível substituí-la?

Acho que possível seria, mas não comparada a ela. Porque ela fez o seu esforço e eu estou fazendo o meu, entendeu? Eu não sei o que dizer sobre isso (substituir Gisele). Eles (consultores de moda) estão falando que talvez eu seja. Vou batalhar para que isso aconteça.





Você não se inspira na Gisele Bündchen?

Não, porque a Gisele criou uma personalidade que ela pode impor em qualquer lugar, em qualquer esquina. E, agora a maioria dos clientes diz: ‘não rebola’, ‘não faz como a Gisele Bündchen’ e daí eles pedem para fazer o que eles querem na passarela. Faça isso, faça aquilo. Uns pedem para ser mais sexy, outro diz: ‘não rebolar sem parada de mão na cintura que é a clássica da Gisele Bündchen’. Por isso, não busco inspiração nela, por enquanto.

 
 O que gosta no Piauí?

Gosto da minha cidade (Miguel Alves). Gosto de estar com meu filho. Banhar no rio Parnaíba, coisa que sempre fiz. Gosto da minha cidade, por  mais que ela seja pequena é lá que estão os meus amigos, minha família...



Acha que tudo está valendo à pena?

Claro. É compensador. A gente vê a batalha das meninas. Não é só minha. Não é querer bater o recorde de desfile. É que o cliente gostou de ti e está solicitando para a maioria dos trabalhos.



Você já sofreu algum tipo de preconceito?

Pelo contrário. Por eu ser morena e no conjunto o cabelo, cor da pele, pernas finas favoreceram bastante. Porque são perfis diferentes. Loura de olho azul você sempre vê. Agora, morena, alta com cabelo liso, não. Foi bem favorecedor para mim nessa parte. E a cor da pele aí que favoreceu mesmo.




Então, é a vez das morenas...

Sim. (risos). É porque, elas (as modelos loiras) têm mais competição entre si por ter mais pessoas na moda com esse biótipo. Agora, o meu é diferenciado, então, favoreceu pra mim.

 

 Você foi convidada para fazer fotos para a Vogue. Era um sonho?

Sim. Tive que antecipar minhas folgas. Mas, estou triste e feliz ao mesmo tempo. Triste por deixar a família e meu filho. E feliz por fazer o editorial para a Vogue. Eu sempre quis. É a meta da maioria das modelos. Eu fiz Vogue America com Steve Meisel, que é um dos melhores fotógrafos do mundo, e fiquei emocionada. Quando meu booker me ligou dizendo que tinha duas notícias: Uma boa e outra ruim. A ruim era que eu teria que deixar meu filho e a boa é que teria que fotografar a Vogue, que sempre foi meu sonho. Estou batalhando para que novos trabalhos continuem e que no futuro possa estar com meu filho e que não tem notícia ruim. Só boa.





Você pretende continuar no ramo da moda muito tempo como a Luiza Brunet?

Eu não sei. Enquanto tiver trabalho, e surgindo as oportunidades, vou estar aproveitando. Agora, não sei se vou continuar com o ramo da moda. Porque é muito cansativo. Mas, eu não tenho ainda nenhum plano em mente...

Lhe dá prazer?

Claro. Nossa. Não sei nem ti explicar como eu me sinto numa passarela e todo desfile é uma emoção diferente, porque tem a história das roupas, de tudo. Do som, da melodia, do desfile. Eu não sei te explicar. Eu sei que eu gosto.



Tem alguma modelo que lhe inspira?

Risos. É até difícil. Eu gosto de uma amiga minha. Ela não é muito conhecida, mas eu gosto dela fotografando, a Lóris (Kraemerh). Nossa, ela é incrível fotografando. São trabalhos diferentes passarela e fotografia. E eu não tenho a mesma desenvoltura em fotografar, pois ainda estou começando. Eu prefiro desfilar.



Modelo Lóris Kraemerh


Pela primeira vez, você abriu um desfile nacional...

Eu abri e fechei o desfile da Rosa Chá e eu não sabia. Foi emoção na hora. Os produtores eu já havia conhecido no concurso que eu participei (Beleza Mundial 2009). Era a Izabel Goulart que abria e só na hora é que soube. Fiquei me tremendo toda. Minhas pernas não me obedeciam e foi aquela emoção. Foi uma vitória pra mim.





 Você teve um incidente em um ensaio... o que houve?

Foi no ensaio da Colcci. Estava todo mundo na passarela e não vi um degrau e, então, cai e torci o tornozelo antes do desfile. Tive que fazer ainda três desfiles depois de torcer o pé. Foi até engraçado, porque passei mal. Minha pressão caiu, mas mesmo assim consegui fazer o desfile com o pé machucado. Agora está bem melhor.







Yala Sena
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