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Brazil (PSOL) foca reforma agrária e diz que Karnak não "cheira a povo"

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O candidato ao governo do Estado pelo PSOL, Romualdo Brazil, foi o quinto entrevistado do quadro Fala Candidato do Jornal do Piauí. Em suas declarações, o agricultor, que já foi servidor público federal, defendeu a reforma agrária, maior presença da população no governo, mostrou-se contra os grandes produtores agrícolas e declarou que não deve gastar nem R$5 mil em sua campanha. 


 
Brazil afirma que o modelo atual de reforma agrária não contempla devidamente as necessidades dos trabalhadores rurais. “Lula está realizando uma reforma agrária de mercado; nos interessa a questão social da terra. A reforma tem que ser feita sob controle dos trabalhadores”, defende. O candidato ainda afirma que é a favor da ocupação pacífica e que não necessariamente o dono de terras deva ser ressarcido. “O trabalhador está indo em nome da vida”, justifica.
 
O candidato do PSOL diz que é a favor de um modelo de socialismo participativo, diferente de modelos totalitários como o cubano. “Não aceitamos o capitalismo que vê tudo como mercadoria, inclusive os seres humanos. Ele é perverso. Estamos colocando no socialismo participativo, democrático onde a sociedade tenha vez.Podemos conciliar o desenvolvimento social e econômico. Falta uma discussão mais ampla, inclusive com os empresários”, pontua. 


 
Comida
Romualdo Brazil posicionou-se contra o modelo produtivo do grande agronegócio. Para ele, a solução é investir na agricultura familiar para a produção de alimentos. “Precisamos amenizar a fome e a situação os trabalhadores que tem salário pequeno e não têm boa alimentação”, declara. Ele afirma que a produção dos latifúndios é apenas para exportação e voltada para a alimentação de animais.
 
Serviços
O candidato do PSOL criticou o serviço público estadual e disse que este está voltado apenas para o setor privado. “Vamos chamar a sociedade para discutir o que temos de público e o que fazer para que os serviços sejam efetivamente públicos. Estão apenas a serviço das empresas particulares. Arrecadação de hoje está tirando de tem menos e recolhendo pouco de quem tem mais. Vamos cobrar mais de quem tem mais”, assegura.
 
Karnak
Caso seja eleito, em seu governo Brazil diz que dará mais voz à população. “O Palácio do Karnak, como o nome diz, é do Karnak. Não é do povo. Não tem cheiro de povo e nunca teve. Se é do povo temos que trabalhar de forma aguerrida em defesa da população”, critica. Ele afirmou ainda que os movimentos sociais terão um espaço especial em seu governo. “Estou candidato para resgatar a auto-estima do povo piauiense, que enfrentou só vamos conseguir com. PSOL neles!”, bradou.


 
 
O público para o povo
No campo da Saúde e da Educação, o candidato afirmou que seu trabalho será voltado para a qualificação do servidor e ênfase no atendimento à população. “Queremos que o dinheiro público seja investido no que é público. A iniciativa privada existirá, mas sem o apoio do Estado”.
 
Verba
Em sua campanha, o candidato do PSOL afirma que deve gastar muito menos que seus adversários. “Não temos dinheiro. Colocamos como limite de gastos do TER R$ 50 mil. Sabemos que não temos nem R$5 mil para investir, então trabalharemos com o convencimento da sociedade. Dinheiro nenhum pode pagar um voto. Voto não tem valor”, afirma. Brazil diz ainda que faz sua campanha baseada na ajuda de seus companheiros partidários que ajudam com automóvel e combustível. “A sociedade verá que não é preciso dinheiro para fazer campanha”.
 
 
Residência
Uma pergunta feita por um telespectador que não se identificou, questionou a Romualdo Brazil porque ele tem a melhor casa do assentamento onde mora. Ele explicou que cada assentado recebeu uma quantia para levantar o imóvel e que utilizou material que encontrou na região como areia e pedras e pediu ajuda de companheiros pedreiros que o fizeram economizar e comprar mais material de construção. “É uma casa muito boa, arejada”, descreve.


Carlos Lustosa Filho
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