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A cada dez vagas criadas no país, nove estão com a carteira assinada

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O crescimento econômico está intensificando um movimento de formalização no mercado de trabalho brasileiro, iniciado há alguns anos. De acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), nos últimos 12 meses terminados em agosto, a cada dez vagas criadas em sete regiões metropolitanas pesquisadas, nove foram com carteira assinada.


A pesquisa do Dieese, feita em parceria com a Fundação Seade, considera os dados de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Distrito Federal, Recife e Salvador. Segundo o levantamento, entre agosto de 2009 e o mesmo mês deste ano, foram criadas 672 mil postos formais nessas regiões, contra 56 mil vagas sem carteira assinada. No total, o número de trabalhadores com registro chega a 9,066 milhões.


"Esse movimento de formalização da economia começou nos anos de 2004, 2005, e vem se sustentando há bastante tempo", afirmou Sérgio Mendonça, economista do Dieese, citando que, na década de 1990, a cada dez vagas criadas, apenas três eram formais. "Tudo indica que a economia vai continuar crescendo, e isso arrasta essa tendência de aumento do emprego formal."


Ele ressaltou que esse aumento do número de vagas de emprego com carteira assinada significa, no futuro, um grau de proteção maior para o trabalhador, com benefícios como aposentadoria pela Previdência Social. "Essa formalização recente tem sido bastante positiva.


As duas instituições divulgaram nesta quarta-feira que a taxa de desemprego no país terminou o mês de agosto em 11,9%, ante 12,4% no mês anterior. Em agosto de 2009, a taxa havia sido de 14,4%.


O índice em São Paulo também caiu, passando de 12,6% para 12,3%, o menor percentual para meses de agosto desde 1992.


O contingente de desempregados nos sete locais analisados foi estimado em 2,625 milhões de pessoas no mês passado, 104 mil a menos do que em julho. Esse número é resultante da criação de 161 mil vagas, aliada à entrada de 57 mil pessoas no mercado de trabalho.


De acordo com Mendonça, a taxa deve cair ainda mais até o final de 2010, já que os últimos meses do ano costumam ser bastante positivos para a geração de empregos. "Se continuar tudo dentro da normalidade, a taxa deve continuar caindo", afirmou. "O segundo semestre costuma apresentar trajetória de queda no desemprego."


Ele destacou que o ritmo de crescimento do número de vagas no país neste ano está bastante semelhante ao registrado antes da crise financeira --cujo marco ocorreu com a queda do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008.


Antes da crise, a economia apresentava altos índices de crescimento e as taxas de desemprego registravam recorde de baixa no país. "O ritmo de expansão do emprego está muito parecido com o de 2008, no período pré-crise", afirmou.


Fonte: Folha

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