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Coisa de Nêgo comanda lavagem das escadarias da igreja de São Benedito

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A lavagem das escadarias da Igreja São Benedito, na manhã desta terça-feira,16 de novembro, marcou o início das atividades da Semana da Consciência Negra em Teresina. Participaram desta primeira atividade, representantes das religiões de matrizes africanas e membros do movimento negro. 



Pelo segundo ano consecutivo, a lavagem das escadarias, abre o evento organizado pelo Grupo Afrocultural Coisa e Nêgo, que também simboliza a luta contra o preconceito e à intolerância religiosa. “Lavar as escadarias é um ato de purificação e significa também um reforço na luta contra todos os tipos de preconceito, de discriminação e da intolerância religiosa”, explica a Mãe de Santo Isabel de Ogum.

A coordenadora do Grupo Afrocultural Coisa de Nego, Assunção Aguiar, ressalta que a Igreja São Benedito foi escolhida por homenagear um Santo negro e acrescenta que a manifestação visou chama atenção do respeito que deve ser reservado às religiões de matrizes africanas. “Precisamos trabalhar pela paz mundial e por isso é importante acabar a intolerância religiosa. Muita gente ainda vê as religiões de matrizes africanas de forma pejorativa e preconceituosa” declara.


Semana da Consciência Negra
Além da lavagem das escadarias, a programação da Semana da Consciência Negra, contará com palestras em escolas e finaliza no dia 19 de novembro com a Festa da Beleza Negra.

Assunção Aguiar ressalta que o momento é de reflexão, de chamar atenção da sociedade e do poder público para a execução de políticas públicas que atendam as necessidades do povo negro, principalmente das comunidades quilombolas.



A coordenadora enfatiza a necessidade dos governantes colocarem em prática a Lei Federal 10.639, sancionada ainda em 2003, que torna obrigatória a inclusão do ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira na grade curricular dos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares. “O estudo da História da África, resgata a contribuição desta parcela da população ao mesmo tempo trabalha a auto-estima do povo negro”  destaca Assunção Aguiar.

Flalrreta Alves (Especial para Cidadeverde.com)
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