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Dono de pedreira nega tremor de terra na explosão em Batalha

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O proprietário da pedreira RN Brita, Ricardo Nascimento, responsável pela explosão que assustou moradores de Batalha e Esperantina na última quarta-feira (01), informou ao Cidadeverde.com que sua empresa não foi notificada oficialmente pela polícia para explicar o tremor provocado. Ele negou que tenha dito que irá arcar com prejuízos das famílias.

“Não deixamos de cogitar essa possibilidade, mas não chegamos a dizer isso à polícia, já que não fomos notificados para comparecer à delegacia. Após a explosão fomos até o distrito de Batalha, por livre e espontânea vontade e a delegada conversou rapidamente conosco, mas nada oficial”, explicou.

Segundo Ricardo Nascimento, a explosão provocada não ocasionou um tremor de terra, mas sim um deslocamento de massa de ar. “Se fosse um tremor de terras, uma casa nossa que fica há 300 metros do local da explosão teria caído. Geologicamente não foi possível um tremor”, declarou.

O dono da pedreira disse que o dado da quantidade de dinamites informada pelo capitão Luiz Gonzaga, comandante da PM de Esperantina, ao Cidadeverde.com, foi equivocado. “O capitão se baseou no achismo que o gerente falou. Nem o capitão e nem o meu gerente são técnicos para saber quanto de dinamite foi usado. Só ouvindo a explosão, um engenheiro de mineração não saberia. A quantidade de dinamites exata para cada explosão é autorizada e comprada diretamente no Exército Brasileiro, que só libera aquela quantidade e não convém dizer aqui quanto foi utilizado, mas temos as notas fiscais”, declarou.

Ricardo Nascimento está à frente da pedreira há oito meses e esta é a segunda vez que acontece a explosão para desmontar rochas. A pedreira extrai a diábase (brita) utilizada na construção de calçamentos. Ele afirma que sua empresa possui alvará de funcionamento da Prefeitura de Batalha, direito de lavra (licença federal), DNPM em plena validade, autorização da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semar) de licença de instalação e operação para a extração da pedra.

“Nós trabalhamos com técnicos em explosão e engenheiro de mineração. Na zona rural não é necessário avisar à população, como é obrigado na zona urban e estamos a 15 quilômetros da zona urbana de Batalha, município que estamos instalados. Estamos à disposição para prestar todas as informações necessárias à polícia de Batalha”, finalizou.

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Caroline Oliveira
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