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Prefeitos da "Geleira" analisam contestar prisões na Justiça

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Alguns dos prefeitos presos na semana passada durante a Operação Geleira da Polícia Federal, que foram soltos no início da madrugada de hoje, estão reunidos na sala da presidência da Associação Piauiense de Prefeitos Municipais (APPM) com a assessoria jurídica do órgão.

A reunião iniciou por volta das 11 horas, com a presença do presidente da APPM, Francisco Macedo, prefeito de Bocaina e do advogado Marcos Patrício. Há informações de que o prefeito de Porto, Dó Bacelar e o de Miguel Leão, Bismark Arêa Leão, estão presentes.



A assessoria de comunicação do órgão informou que haverá uma entrevista coletiva por volta das 12h30. Os gestores estão recebendo orientações de como proceder daqui para frente, além de detalhes do inquérito e da reação da APPM em defesa deles.

Eles também cogitam entrar na Justiça para contestarem suas prisões, posi segundo os advogados, a maioria não recebeu uma cópia da acusação, apenas o mandado de prisão, e por isso não sabia do que estava sendo acusado.

Assessoria jurídica da APPM contesta Operação Geleria

O advogado da APPM, Marcos Patrício, disse que analisou o inquérito policial da Operação Geleira que acusa oito prefeitos e dois ex-prefeitos e contestou as denúncias de irregularidades.

Segundo ele, numa análise bem feita dos autos, “a maioria dos casos pode ser esclarecido com condutas justificáveis, utilizando os próprios relatórios do Tribunal de Contas da União (TCU) e Tribunal de Contas do Estado (TCE), que são objetos de justificativas”.

Em relação às notas fiscais frias, advogado disse que grande parte foram obtidas de forma online e portanto, não teria como não ter sido recolhido o imposto. “Um caso ou outro pode ter alguma falha ou erro, que precise de uma análise mais específica. Mas estou convencido de não houve desvio de recursos públicos”, finalizou o advogado.


Operação Geleira

Os prefeitos foram presos, através do cumprimento de 30 mandados judiciais, juntamente com empresários e funcionários acusados de desvios de verbas públicas federais dos ministérios da Saúde e Educação, pagamento de notas fiscais frias, criação de empresas fantasmas e formação de quadrilha.

A Operação Geleira foi desencadeada em 12 prefeituras do Estado, ocasionando na prisão temporária de oito prefeitos e dois ex-prefeitos. Todos já estão livres, após passarem cinco dias detidos para interrogatórios. De acordo com a PF, por conta da colaboração com as investigações, não houve necessidade de pedir prorrogação das prisões.

O prefeito de Miguel Leão, Bismark Arêa Leão, encaminhou ainda na semana passada à Câmara Municipal da cidade um pedido de licença de 15 dias.



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Caroline Oliveira
com informações do repórter Raimundo Lima
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