Cidadeverde.com

Livro conta histórias do mito do jornalismo Carlos Said e sua família

Um dos mais importantes jornalistas do Piauí, Carlos Said, teve sua vida pessoal e de profissão transformada em livro pelo próprio filho, Gustavo Said. A obra intitulada “Como Era Bom aos Domingos... Carlos Said – O homem, a vida, o mito do Magro-de-aço”, será lançada nesta quarta (2), no auditório da OAB, a partir das 19h.


Gustavo, que é professor de Comunicação Social na UFPI, explica que o livro tem fotos raras da família de Carlos Said, de seus pais sírios, da infância, no trabalho como repórter. O trabalho de reunir todo este material começou em 1993. “Desde 1993 tinha intenção de escrever e comecei a colher, de maneira intermitente, documentos relacionados. De 2007 a 2010, trabalhei com três bolsistas que coletaram os dados sobre a vida profissional”, conta.




De posse do material, o filho-biógrafo levou um ano para escrever todo o livro. “Em janeiro de 2010, quando meu pai estava com 79 anos, tomei consciência que tinha de terminar. Foi um período duro. Todo tempo livre que tinha era dedicado a isso”, revela. Gustavo conta que entrevistou Carlos Said por diversas vezes para confirmar informações e colher dados, mas só revelou sua homenagem “aos 45 do 2º tempo”.


Magro de Aço
Dentre as histórias contidas no livro, está o trágico acidente em 1964 que fez com que Carlos Said adquirisse o epíteto de Magro de Aço. Também está lá a intimidade, o modo de agir espontâneo, a emotividade, a morte do primeiro filho e da esposa, mas também momentos pitorescos do seu lado boêmio quando, depois do trabalho como repórter de campo, visitava as casas noturnas da capital.


A confecção da obra foi para Gustavo Said, não só o registro da vida de seu pai, como também repasso de sua própria vida. “Escrever este livro foi doloroso. Foi Difícil às vezes falar de afetos contidos e por muitas vezes tive que conter o choro quando escrevia. Foi uma fonte de aprendizado rever coisas da minha família e, no fim das contas, escrever sobre o meu pai, sobre o que ele fazia, me fez revisar a minha própria história”, analisa.



Carlos Lustosa Filho
[email protected]

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais