O delegado Evaldo Farias, testemunha de acusação no Caso dos Queimados, pediu ao juiz Antonio Noleto que lhe concedesse segurança a partir de agora. Segundo relatou Evaldo, ontem ele foi abordado por um policial civil, com quem nunca havia tido contato, que lhe disse para se proteger, "caso não quisesse ser encontrado com a boca cheia de formiga".
Thiago Amaral/Cidadeverde.com
Evaldo era delegado do 8º DP, na época do crime, e presidiu o inquérito. "Coincidência ou não com a data do julgamento ele me abordou ontem e me precaviu", revelou.
Um dos promotores que acompanha o caso, Heliardo Cabral, afirmou que três testemunhas de acusação foram arroladas para prestar depoimento. "A três testemunhas confirmaram tudo que relataram na época do inquérito", comentou.
A mãe de Hélio Araújo, dona Maria de Nazaré Araújo Costa Silva, 74 anos, é uma das testemunhas de acusação. Muito emocionada, ela acompanha o julgamento de Correia Lima ao lado do delegado Evaldo Farias.
O ex-delegado José Wilson Torres foi arrolado pela defesa como testemunha e seu depoimento começou por volta de 12h30. Ele foi expulso dos quadros da polícia civil.
O julgamento acontece no Tribunal Popular do Júri, teve início às 8h e deve adentrar a madrugada até que o resultado seja anunciado pelo juiz Antonio Noleto.
Após quatro adiamentos, o ex-coronel está sendo julgado hoje (04) acusado de matar Hélio Araújo e Einaldo Liberal a tiros e depois queimar os corpos. O Crime dos Queimados ocorreu no final da década de 90.
Correia Lima já cumpriu 11 dos 41 anos aos quais foi condenado e por isso está em regime semi-aberto.
Matérias relacionadas
Após 4 adiamentos, Correia Lima é julgado no Caso dos Queimados
Mãe de vítima do Caso Queimados chora ao ver o julgamento adiado
Adiado o 4º julgamento de Correia Lima no "Caso dos Queimados"
Leilane Nunes
[email protected]
