Após protestos em frente ao Procon, os mototaxistas se reuniram nesta sexta (11) com representantes da Polícia Militar, Strans e Ministério Público para que o governo tome providências sobre os trabalhadores que atuam irregularmente na profissão. Como resultado, a Strans e a PM deveriam elaborar um plano de ação conjunta para inibir a prática que pode acabar resultando na prisão dos piratas. A reunião foi proposta pelo promotor Fernando Ferreira dos Santos.

Fotos: Thiago Amaral/CidadeVerde.com

Segundo o representante dos mototaxistas César Júlio, foi firmado um acordo entre a classe, o comando da PM e Strans que visa diminuir o número de motos piratas nas ruas. Ele afirma que há 2.037 profissionais legalizados e aproximadamente dois mil atuando irregularmente.

O assessor jurídico da Strans, Mário Andretti, informa que a o órgão irá reforçar as operações de fiscalização e pretende solicitar auxílio da PM para prender os mototaxistas piratas. “Eles estão cometendo um crime de estelionato. O problema é que a Strans não pode atuar como polícia. Ela pode reter a moto, o capacete e o colete, mas não pode prender por isso precisamos da PM”, pontua.

Entretanto, segundo o comandante de policiamento da capital, coronel Albuquerque, a Strans pode sim prender os mototaxistas irregulares. “Neste caso, o pirata está realizando o exercício ilegal da profissão, por isso a Strans tem poder de polícia já que tem a função de fiscalizar, que não é da PM. O que nós fazemos é dar o apoio na segurança”, descreve.

Enquanto as partes não chegam a um denominador comum, o promotor Fernando dos Santos estabeleceu um prazo de 15 dias para que juntas, Strans e Polícia Militar, montem um plano para inibir a atuação dos piratas. “Vamos nos reunir com a PM e a partir daí traçar uma ação em conjunto”, descreve Mário Andretti.



Carlos Lustosa Filho
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