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Cinco presos aproveitam chuva para escapar da penitenciária Irmão Guido

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Os temporais que assolam Teresina parecem fazer fervilhar de ideias os presos das unidades prisionais da capital. Cinco detentos fugiram da penitenciária Irmão Guido por volta das 21h da noite do último sábado (16) enquanto a chuva caía, e os agentes da Casa de Custódia conseguiram abortar um plano de assassinato na Casa de Custódia, também na noite de ontem.

Fotos: Sinpoljuspi

Presos cavaram buraco na cela...




De acordo com o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Servidores Administrativos das Secretarias da Justiça e de Segurança Pública do Estado do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho, a chuva ajudou na fuga dos presos que estavam no pavilhão B. “A Irmão Guido, tem uma estrutura fraca, não tem piso que preste e o presos se aproveitam disso. Cavaram o pico com o ferro que tiraram da parede e como ali só tem areia, ficou ‘molim-molim’ pra eles saírem”, conta.


...saíram do outro lado...




Na mesma cela ainda haviam outros cinco detentos que não quiseram fugir. De acordo com o Capítão Tales, gerente da penitenciária, uma equipe das Rone e equipe do dia de policiais fizeram vistoria geral em todos os pavilhões para ver se ainda havia algum plano de fuga arquitetado para o período da Semana Santa. Além destes policiais militares, uma equipe do Grupo Especial de Operações (GEO) estão atuando na captura dos presos, que são dos municípios de Monsenhor Gil e Demerval Lobão. Segundo Tales, a polícia já tem o paradeiro dos fugitivos e deve realizar a prisão nas próximas horas.


...e fizeram  uma corda improvisada para conseguir vencer o muro.
Marcas ficaram no portão.


Os fugitivos são: Valdir Rodrigues, vulgo Aranha, mentor da fuga; José Carneiro, vulgo Bocão; Anderson da Silva Alves, o “Alex Cabeça”; Marcelo Carvalho Lustosa, que era preso provisório e Kléberson Francisco Barbosa Dias, natural de Monsenhor Gil.

Arquitetando
Os agentes penitenciários da Casa de Custódia descobriram na tarde do mesmo sábado que um grupo de presos estavam tentando realizar uma rebelião para assassinar três outros detentos no pavilhão H. Após informações internas, os servidores perceberam uma movimentação estranha e ouviram pancadas o que culminou em uma vistoria imediata no local.



Material que segundo o Sinpoljuspi foi
apreendido no pavilhão H da Custódia.


Durante a vistoria, os agentes encontraram e apreenderam 25 ferros pontiagudos e um aparelho celular. “Isto indica que os presos estariam se armando para pegar os agentes como reféns. Três presos também disseram que os outros iriam quebrar os cadeados para matá-los durante a rebelião”, descreve Vilobaldo, presidente do Sinpoljuspi. Ele ressalta que apesar da greve, os agentes continuam trabalhando, realizando vistoria, transferência interna e conferência de presos, alimentação, cuidando do atendimento médico de emergência e cumprindo mandados de prisão e soltura.


O diretor do presídio capitão Dênio Marinho, o material foi apreendido em vistorias diárias, conforme determinação do secretário de Justiça, mas declara que não havia plano de fuga ou rebelião no presídio. "Eu estava lá e participei da vistoria. Os ferros foram apreendidos porque esta é uma operação de rotina. Não havia plano nenhum dos presos", amenizou.



Carlos Lustosa Filho
[email protected]

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