Mais de 30 policiais perseguem cinco assaltantes ainda foragidos após o assalto ao Banco do Brasil de Luzilândia, 234 quilômetros ao Norte de Teresina. Na ação ousada, realizada na manhã desta terça-feira (3), três pessoas morreram, entre elas dois integrantes da quadrilha e o gerente da agência, Humberto Rodrigues Veloso, 54 anos.

Sem equipamentos para voo noturno, o helicóptero da Polícia Militar do Piauí ficou estacionado na cidade para ser usado, se necessário, logo que amanhecer. Além dos PMs que perseguem os bandidos na mata entre Luzilândia e Joca Marques, estão na cidade oito policiais e dois delegados da Comissão Investigadora do Crime Organizado - CICO -, policiais do Maranhão, peritos da Polícia Civil e do Banco do Brasil. Duas metralhadoras usadas no assalto foram apreendidas. 

O pai do gerente chegou durante a tarde em Luzilândia. Ele negou os rumores que corriam na cidade de que a mãe do bancário teria falecido ao receber a notícia. Após periciado e levado para o Instituto Médico Legal, o corpo de Humberto Rodrigues deverá ser velado em Teresina.

Há cinco meses, a mesma agência havia sido assaltada. No crime de hoje, bandidos chegaram atirando e ordenando que os clientes deitassem no chão. Como todo início de mês, por conta dos pagamentos, o banco estava lotado. Os assaltantes ainda aguardaram 55 minutos até que o cofre automático fosse aberto. 

Em seguida, a quadrilha tomou uma caminhonete e fugiu com cinco reféns. Três policiais que estavam na cidade trocaram tiros com os bandidos, que abandonaram o veículo oito quilômetros depois de Luzilândia. A polícia achou um carro abandonado com roupas e mantimentos, o que mostra que o bando estava pronto para passar vários dias no mato. 

Um comparsa e o gerente do banco, que foi tomado como refém, também foram abandonados baleados no caminho e morreram no hospital de Luzilândia. Outro bandido foi baleado e faleceu no início da tarde. Um dos acusados mortos foi identificado como Magno. Ele já estaria na cidade há algums meses e foi reconhecido por populares. 

Uma testemunha que estava no carro quando o bancário foi atingido na nuca e no peito ficou em estado de choque. Outra se feriu quando se recusou a pular do carro por ordem dos bandidos. O refém foi empurrado do veículo.