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Fórum quer que PMT passe a administrar ônibus em Teresina

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A discussão sobre o preço das passagens de ônibus em Teresina ganha um novo capítulo. Diversas entidades de classe, políticas e estudantis se uniram e formaram o Fórum Estadual em Defesa do Transporte Público e querem ir a fundo neste debate defendendo pontos como a estatização do serviço, redução do preço da passagem entre outras melhorias para a população. Como primeiro ato, será realizada às 8h da próxima segunda-feira (27) uma manifestação na praça do Liceu. 


“Organizamos o Fórum para barrar o reajuste que é absurdo. Temos a passagem mais cara do Brasil em relação ao tamanho do percurso, à falta de integração. Além disso, as paradas não protegem. O preço atual da passagem já está fora da nossa realidade. Pagar R$ 1,90 para ir do Mocambinho para o Marquês é um absurdo”, critica um dos integrantes do Fórum, Gisvaldo Oliveira. 

Segundo ele, o reajuste apresentado pelo Setut durante a audiência pública da semana passada não foi de R$ 2,20, mas de R$ 2,40. O outro problema apontado é a planilha de custos. “A planilha não é adequada. Temos a informação de que os preços são superestimados. E ainda queremos que eles mostrem os lucros, porque só tem os custos”, critica. 


Oliveira diz ainda que o transporte público é uma concessão pública e, como tal, tem que pensar em primeiro lugar no benefício dos usuários, não no lucro dos empresários. Por isso, o Fórum quer que a prefeitura de Teresina assuma o comando deste serviço. “Queremos a municipalização e que a prefeitura crie uma empresa municipal para administrar o sistema de transporte coletivo”, afirma. 




Outro integrante do Fórum, Maurício Moura, explica que o salário mínimo aumentou apenas 5% e o próprio salário dos motoristas e cobradores cresceu apenas 8%, enquanto a passagem sobe 26%. “Este aumento precariza ainda mais a renda da população. Em Teresina, 60% da população recebe até um salário mínimo e, segundo dados da (Fundação) Cepro, a cesta básica está custando 38% do salário mínimo”, pontua. Os demais pontos criticados são a falta da integração e licitação das linhas de ônibus. 


Compõem o Fórum entidades como o Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm), Conlutas, Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Anel), Grupo Cajuína (UFPI), Associação dos docentes da Uespi, entre outras. 



Carlos Lustosa Filho
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