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Projeto visa fortalecer rede sócio-assistencial na Vila Irmã Dulce

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Modificar e melhorar a vida da população de um dos bairros mais necessitados de Teresina. Esta é a proposta do “Projeto de Intervenção Científico e Social: O fortalecimento da rede socioassistencial na Vila Irmã Dulce”, idealizado por Antonio César Dias de Macedo, professor de Serviço Social e mestre em Saúde Coletiva. 


Em entrevista ao CidadeVerde.com, ele explica que ao Projeto na Vila, como é mais conhecido, tem como objetivo principal fortalecer as ações sócio-educativas através das políticas públicas e movimento social. A organização da iniciativa é formada por uma comissão composta por vinte pessoas de diversos setores e áreas do conhecimento como Psicologia, Serviço Social, Enfermagem, História, Psicopedagogia, Letras e Comunicação Social. 


“A nossa função é a articulação. Queremos o fortalecimento da rede sócio-assistencial na Vila Irmã Dulce, potencializar a informação e os serviços. No decorrer de um ano do cronograma, serão realizadas oficinas nas áreas da Educação, Saúde, socialização dos direitos, exercício de cidadania. Vamos também desenvolver eventos, como a manhã de cidadania com emissão de documentos, inscrições para o minha casa, minha vida, por exemplo”, diz Macedo.
 
O professor diz que a idéia surgiu através de uma experiência pessoal quando trabalhou de 2004 a 2008 na Vila Irmã Dulce, com quatro alunos de Serviço Social. “Não tínhamos lugar próprio. Trabalhávamos debaixo de um pé de pequi e, na maioria dos casos, dizíamos não para 99% das pessoas. Hoje, em termos de estrutura está melhor, o número de famílias atendidas, que era de 500, passou para três mil” declarou. 

Entretanto, segundo o professor, muito ainda precisa ser feito. “A vila apresenta potencial para melhorar os acontecimentos, os serviços e a deficiência no âmbito cultural. Não há comunicação entre as políticas públicas e a comunidade; ou ela é pontual ou só existe quando há conflitos. Faltam ações públicas, não necessariamente do governo, e principalmente a socialização das informações, já que, às vezes, a pessoa procura a informação de um serviço, mas ninguém sabe dizer. Quando se trata dos serviços, a informação é um empecilho para aquela população”, observa. 


Carlos Lustosa Filho

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