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Sem água, moradores de condomínio recorrem a carro-pipa

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Uma cena comum apenas no sertão semiárido piauiense virou rotina para os moradores do Condomínio Santa Helena, que possui 152 apartamentos, no bairro Morada do Sol, zona Leste de Teresina. Eles afirmam que estão há 30 dias sem água e precisam fretar carros-pipas para serem abastecidos. Como se este incômodo não fosse suficiente, os condôminos dizem que algumas vezes o líquido apresenta péssima qualidade de forma que precisam recusá-lo. 

Fotos: Caroline Oliveira/Cidadeverde.com


O representante comercial José Luis Meneses conta que os moradores estão pagando R$ 150 por frete para cada carro-pipa e são necessárias cinco viagens para encher o reservatório que abastece os apartamentos. “Temos que comprar esta água para poder beber, tomar banho e fazer comida. Antes de ficar do jeito que está nós já tínhamos que ficar sem dormir, para poder acumular a água que chegava à noite, mas há 15 dias não tem mais é de jeito nenhum”, revolta-se.  



Meneses explica ainda que apesar do problema, continuam recebendo os talões da Agespisa, com a cobrança das tarifas e os valores variam de R$ 60 a R$ 200. “Isso é um descaso das autoridades. Eles estão sendo omissos e está causando revolta. Tanto a Agespisa quanto a nossa administradora e a Caixa Econômica”, indigna-se. 


Caixa D'água foi colocada na sala de uns apartamentos

Segundo os moradores, um diretor da filial da Agespisa da zona leste disse que o nível do reservatório está baixo, por isso a água não chega na região. A empresa então disse que o que poderia fazer era disponibilizar um carro-pipa para encher a caixa d’água, mas os moradores deveriam se encarregar de pagar o frete. 


Comunicado da administradora informando do frete do carro-pipa

Outro morador, Antonio Atenildes, diz que a prática era ilegal e registrou boletim de ocorrência porque, segundo ele, mesmo com o carro-pipa, está havendo enriquecimento ilícito da Agespisa. “Nós arrendatários já estamos arcando com o frete deste carro-pipa, mas o pior é que esta água vai para a caixa geral e tem que passar de novo pelo hidrômetro de cada morador, sendo contada novamente. Eu fiz o B. O. por cota disso. Nós não estamos nem no interior do Piauí para depender de cacimba e poço tubular”, declarou.




Atenildes disse que leva um balde d'água para o trabalho para trazer água para casa


A Agespisa ficou de enviar nota para falar sobre o caso


Flash de Caroline Oliveira
Redação Carlos Lustosa Filho
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