Cidadeverde.com

CRIA:19 crianças e adolescentes aguardam “família acolhedora”

Imprimir
O Centro de Reintegração Familiar e Incentivo a Adoção (CRIA) recebeu do abrigo João Maria de Deus uma relação com 19 crianças e adolescentes aptos ao projeto “Famílias Acolhedoras”. 

O projeto se caracteriza como um serviço que organiza o acolhimento subsidiado ou voluntário, na residência de famílias previamente capacitadas, de crianças e adolescentes afastados da família de origem por medida de garantia de direitos, visando oferecer proteção integral às mesmas até que seja possível a reintegração familiar, ou que, na impossibilidade desta reintegração, sejam adotadas. Atualmente, o CRIA conta com 10 crianças assistidas por sete famílias. 

Para de candidatar ao projeto, os interessados precisam atender a alguns pré-requisitos estabelecidos pela vara da infância e da adolescência: cópia autenticada da certidão de nascimento ou casamento; comprovante de residência; de renda; atestado médico de sanidade física e mental; atestado de idoneidade moral assinado por duas testemunhas, com firma reconhecida; de antecedentes criminais; nome e endereço de três testemunhas (não podem ser parentes). Depois de apresentar a documentação, os interessados são entrevistados pela equipe multiprofissional do CRIA, culminando com  visita às respectivas residências. 

O CRIA é uma entidade jurídica sem fins lucrativos constituída por assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, e outros profissionais liberais. Tem o objetivo de intervir na problemática de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social que hoje vivem em abrigos no Estado do Piauí, através de ações que buscam garantir a convivência familiar e comunitária, seja em lar acolhedor ou em pequenas casas de acolhimento, paralelo à busca do seu retorno à família de origem ou pela adoção, quando necessária. A instituição funciona a partir de doações de pessoas físicas e jurídicas.

Segundo a presidente do CRIA, a assistente social Francimélia Nogueira, o último levantamento feito apontou para a existência de mais de 200 crianças e adolescentes vivendo nos abrigos de Teresina. De acordo com ela, a maioria passa mais tempo nessas instituições que o previsto pela legislação: “a média de permanência de crianças e adolescentes em  nossos abrigos, é de quatro anos e oito meses, enquanto as mudanças na lei  da adoção estabelece o máximo de 2 anos para o abrigamento. É uma realidade dura  E precisamos do apoio da sociedade para mudá-la”, afirma a presidente. 



Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais