Dezenas de milhares de pessoas foram às ruas de Sanaa, capital do Iêmen, nesta sexta-feira (18), pedir a renúncia do contestado presidente Ali Abdullah Saleh.
A manifestação ocorreu após as tradicionais orações de sexta-feira.
A oposição dedicou o dia às mulheres mártires da revolução e pediu que Saleh seja julgado pelo uso de violência contra os manifestantes pró-democracia.
Ao mesmo tempo, Jamal Benomar, enviado da ONU, encontrou líderes oposicionistas para tentar fechar um acordo para encerrar os meses de protesto que praticamente paralisam o pobre país.
Saleh reluta em aceitar um acordo, mediado pelos países do Golfo Pérsico, para sair do poder, que ocupa há 33 anos. O texto garante a ele imunidade jurídica e permite que ele mantenha seus bens.
O presidente, no entanto, exige um período de transição, em que manteria praticamente todos os seus poderes, até serem realizadas novas eleições. A oposição rejeita esse cenário.
O impasse enfraqueceu o governo e levou o país à beira da guerra civil, permitindo que militantes islâmicos ligados à rede terrorista da al-Qaeda dominassem fatias do sul do país.