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Amapi contesta CNJ por investigação independente contra juízes

A Associação dos Magistrados do Piauí contesta o número de ações contra juízes do Estado pelo Conselho Nacional de Justiça. Segundo o presidente da entidade, José Airton Medeiros, são apenas 15 ações e não 211, como divulgado.


Ele explica que foram contabilizadas reclamações contra magistrados na Corregedoria. "Esclarecemos que não são todos os casos. Dos 211 haviam apenas 15 ou 16 processos instaurados. O restante eram reclamações e isso foi contado como processo", afirmou José Airton em entrevista ao Notícia da Manhã.




O presidente criticou o fato do CNJ querer agir de forma independente. "O CNJ cumpre um papel importante, fez com que o Judiciário se abrisse mais. Mas algumas medidas do CNJ não são corretas. Somos contra o CNJ investigar de forma independente da Corregedoria. O próprio tribunal tem o direito e o dever de investigar seus juízes. Apenas se houver suspeita de conluio é que defendemos que o órgão atue de forma independente", declarou.


Compulsória


Quanto ao fato da punição máxima para um juíz ser a aposentadoria compulsória, ou seja, o juiz é afastado do cargo mas continua recebendo salário, o presidente da Amapi afirmou que isso pode ser contestado pelo Ministério Público Federal.


"Há possibilidade de ação cível de perda do cargo. Se o MPF agir o juiz perde o cargo, pode ser preso e perder a aposentadoria.


Rosimar Leite


O pedido de aposentadoria compulsória para a desembargadora Rosimar Leite, que atingiu os 70 anos, está sendo contestado por conta de uma modificação na lei estadual, ocorrida em outubro, que aumenta de 70 para 75 a idade.


Segundo José Airton, a emenda é inconstitucional, já que a idade é estabelecida na Constituição Federal.


Leilane Nunes
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