Um grupo formado por pessoas de diversos campos se reuniu na última terça-feira (6) na sede do Conselho Regional de Medicina para assinar um manifesto e lançar uma associação em favor do Parque Nacional da Serra das Capivaras.
A conselheira da Fundação Museu do Homem Americano, Rosa Trakalo, que trabalha há 35 anos com a arqueóloga Niède Guidon, falou em entrevista ao Jornal do Piauí sobre a atual situação e dificuldades do parque. Ela disse ainda que a iniciativa do manifesto foi bem-vinda.
“Recebemos (o manifesto) com muita felicidade. Esta é a primeira vez que um grupo de pessoas se reúne para discutir o que devemos fazer”, pontua. Segundo ela, uma das carências principais é a irregularidade de recursos. “Mas são inúmeros os problemas, pequenos, grandes, que podem resolver com ajuda”.
Atualmente, o Parque é mantido através de recursos da Lei Rouanet. “Sofremos com a falta de um orçamento fixo que a gente possa contar com ele. Essa é uma tortura permanente. Pagamos os funcionários um mês e não sabemos se vai ser possível manter no próximo. Se a gente abandonar o trabalho das guaritas, da manutenção das estradas e deixa estragar, será pior para recuperar. Mesmo com a Lei Rouanet, há muita burocracia, e o parque é um órgão vivo”, pontua Rosa Trakalo.
Outro ponto que precisa de solução urgente é o Aeroporto Internacional de São Raimundo Nonato, que segundo Trakalo, é essencial para atrair turistas e desenvolver os setores relacionados como hotelaria, restaurantes e demais serviços. O fluxo de turistas em 2010 foi de 15 mil pessoas. Deste total, 10 mil eram estudantes que não pagaram taxa.
O grupo da Sociedade Civil também criou a Associação de Amigos do Parque onde qualquer pessoa pode contribuir mensalmente com R$ 5. “Quanto mais pessoas estiverem ligadas, melhor para esse patrimônio piauiense”, descreve.
Carlos Lustosa Filho
Aureliano Miller
Carlos Lustosa Filho