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Número de piranhas no Portinho vai aumentar, diz pesquisador

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Nesta semana foi divulgada nota afirmando que seriam introduzidos 210 mil alevinos na Lagoa do Portinho visando o controle biológico da proliferação de piranhas naquele importante balneário.


Os alevinos a serem introduzidos serão: tilápia, tambaqui, curimatã, carpa, caramujo e camarão de água doce. A ideia é fornecer alimento às piranhas, mantendo a cadeia e predadores naturais para o controle da espécie. A ação foi reivindicada pelo vereador Fernando Gomes (PCdoB).

Segundo o parlamentar, a placa fixada às margens da lagoa onde informa o risco do ataque de piranhas cumpriu seu papel ao orientar as pessoas. “É chegada a hora de rever a permanência dela (placa), com o controle biológico, acreditamos que cessarão os ataques, a exemplo do que aconteceu no açude do Bezerro”.

O professor Dr. José Milton Barbosa, engenheiro de pesca, que tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, com ênfase em ictiologia aplicada e aquicultura: alimentação, crescimento e comportamento social de peixes, atualmente pesquisador da Universidade Estadual do Maranhão e um dos mais conceituados do Nordeste, disse que, povoar forrageiras da piranha é uma tentativa lotérica.

“Na década de 1980, ocorreu fato semelhante e na oportunidade foi sugerimos a introdução do Tucunaré (Cichla sp.), para controle da piranha - não para sua alimentação. Possivelmente a "piranha" do Portinho é do gênero Serrasalmus, ou seja "pirambeba" e não a piranha verdadeira: Pygocentrus sp. Apesar do tucunaré ser uma espécie não nativa - desaconselhável para povoamento, no caso de Portinho se justifica, pois a lagoa já tem sua fauna nativa depauperada”, afirma José Milton.

“Creio que o mais correto seria estimar a fauna de "piranhas" ou "pirambebas" e povoar com um predador. Pois, se alimentamos as "piranhas" teremos, teoricamente, mais piranhas e certamente mais problemas”, finaliza o estudioso em espécies de peixes.

Fonte: Proparnaiba
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