A mãe, identificada como Rosa, teria reconhecido o cadáver da filha pelos aparelhos nos dentes da ossada. O delegado regional estava com o prontuário dentário de Roseane e levou os restos mortais para fazer o reconhecimento. 

Segundo o soldado Clenilton, de Pimenteiras, ainda ontem por volta das 15h30, a mãe e o delegado cearense levaram a ossada para São Miguel do Tapuio e depois para o Instituto Médico Legal (IML) em Teresina para procedimentos burocráticos. E depois retornaram para Tauá.

O militar informou ainda que a suspeita dos restos mortais pertencerem à professora aumentou, após uma pesquisa na região para saber se alguma mulher teria desaparecido nos últimos dias, o que não aconteceu. “Pela Delegacia Geral do Piauí, após o delegado mostrar a documentação e depois de constatar que não houve desaparecimento, poderiam levar para fazer os exames em Tauá, mas o delegado geral do Ceará achou melhor fazer todos os trâmites burocráticos por aqui”, declarou o soldado. 

Ossada é achada em Pimenteiras; Vítima pode ser do Ceará 

No último dia 2, depois de um desentendimento com o marido, a professora saiu de casa, no bairro Colibris, em Tauá, para ir à escola onde lecionava e não mais foi vista. O marido de Roseana, e principal suspeito do desaparecimento, Ismael Sampaio Costa, já responde à alguns Termos Circunstanciados de Ocorrência (T.C.Os.) e a um inquérito em que foi enquadrado na Lei Maria da Penha.

Ismael encontra-se recolhido na carceragem da Delegacia Regional de Tauá por determinação do juiz de Direito, Leonardo Afonso Franco de Freitas, titular daquela comarca, que decretou sua prisão preventiva por entender que havia motivos suficientes para mantê-lo detido pelo sumiço da esposa.

Segundo a polícia, o corpo encontrado no Piauí apresenta características compatíveis com o da mulher desaparecida, inclusive o aparelho ortodôntico que ela usava. Como está carbonizado e putrefato, o reconhecimento por familiares foi impossibilitado. A Polícia vai esperar o laudo da Perícia Forense. Um exame de DNA poderá ser conclusivo sobre a questão.

O delegado Osmar Berto já vinha investigando os fatos. Conforme o depoimento da mãe da professora, conhecida como Rosa, as brigas entre o casal eram constantes. A Polícia descobriu, ainda que, no celular da professora haviam mensagens que ela endereçava a algumas amigas relatando as brigas com o marido. Depois do sumiço de Roseane, foram registrados saques na sua conta bancária e um cheque foi descontado.