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Protesto termina sem confronto com PMs e novo ato marcado para quinta

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Foto: Yala Sena


Às 18h29min desta quarta-feira (11), foi encerrado o oitavo dia de manifestações em Teresina contra o reajuste da tarifa de ônibus desta vez sem confronto com a Polícia Militar. Vários líderes discursaram ao lado da igreja de São Benedito, no final da avenida Frei Serafim, que foi bloqueada durante toda a tarde. Eles convocaram os estudantes para novo ato na quinta-feira, desta vez com apresentações musicais na praça da Liberdade.

Fotos Evelin Santos/Cidadeverde.com


A programação começa às 9h com concentração na praça Demóstenes Avelino (Praça do Fripisa). O grupo segue em passeata até o Palácio da Cidade, onde tentam novamente diálogo com o prefeito Elmano Férrer (PTB). Depois, percorrem as ruas do Centro até chegar na avenida Frei Serafim, que será novamente fechada. A interdição foi confirmada no discurso dos estudantes Vicente Gomes, de Administração da Faculdade Santo Agostinho, e Leonardo Maia, de Comunicação Social da Uespi.  Eles também pedem a soltura e anistia dos nove manifestantes levados para presídios de Teresina após o ato de terça-feira.

Ampliada às 18h15min
Os estudantes se concentraram na Praça da Liberdade, ao lado da igreja de São Benedito, no final da avenida Frei Serafim. No discurso, os líderes que usam a palavra afirmam que vão parar Teresina se a Prefeitura não abrir um canal de negociação. A ideia é triplicar o número de manifestantes.


Também foi feita uma moção de apoio aos estudantes do Espírito Santo, que protestaram nesta quarta-feira contra o reajuste da tarifa de transporte público. Na capital Vitória, um ônibus foi incendiado. 

Ao fazer uso da palavra, Magnus Pinheiro, professor do curso de Comunicação Social da UFPI, pediu que os manifestantes não se intimidem com a ação da PM e declarou "total e incondicional apoio" ao movimento. 


Ampliada às 17h35min 
O protesto fechou o cruzamento da avenida Frei Serafim com a rua Coelho de Resende. Os líderes de diversas entidades já são convocados para uma reunião à noite para avaliar o ato de hoje, o oitavo contra as mudanças no transporte público de Teresina. Estima-se que 500 manifestantes ocupam a principal via do trânsito da capital do Piauí.

Deolindo Moura, 27 anos, diz que o ato de hoje foi feito para lembrar o dia de ontem "o massacre que ocorreu na avenida" e em solidariedade aos presos levados para a Casa de Custódia. Ele pediu que os manifestantes olhem para as câmeras de monitoramento do trânsito e gritem que são estudantes e não criminosos. 

Um grande ato já foi confirmado para quinta-feira, encerrado com atrações culturais. Estão confirmados Edvaldo Nascimento, Cochá, Flores Radioativas e Canela de Peixe, que compôs uma música alusiva ao movimento.

Ampliada às 17h17min
Um pelotão da Polícia Militar se concentra em frente ao Hospital Getúlio Vargas. Pelo menos 200 PMs são vaiados pelos manifestantes, com gritos de "Abaixo a repressão, polícia é pra ladrão". Não há confronto. A passeata continua fechando o sentido Zona Leste - Centro, em direção à Praça da Liberdade no oitavo dia de protestos contra o aumento da passagem de ônibus em Teresina. 

A estudante de Direito Lorena Barão declarou que o ato é de apoio aos presos do protesto de ontem e contra a criminalização do movimento, que reclama também da forma como o sistema de integração das linhas de ônibus foi implantado. Segundo ela, há uma expectativa do movimento de que a Justiça decrete a soltura dos nove manifestantes até quinta-feira, quando haverá nova passeata com ato cultural no encerramento.


Ampliada às 17h02 
Os manifesfantes inverteram o sentido do protesto e fecharam a avenida Frei Serafim no sentido Zona Leste - Centro, no cruzamento com a avenida Miguel Rosa. Eles continuam com uma faixa relatando as reivindicações de melhorias no transporte público de Teresina. Alguns usam máscaras. Outros vaiam quem reage de forma contrária ao movimento.

Atualizada às 16h35min
Antes de chegar na rua Coelho de Resende, o grupo de estudantes sentou no asfalto da avenida Frei Serafim e cantou o hino nacional. 


Atualizada às 16h01min
Por volta de 15h50min, o grupo de manifestantes que chegava do Palácio de Karnak se encontrou com outro na avenida Frei Serafim, que foi invadida novamente no oitavo dia de protestos contra as mudanças no sistema de transporte público de Teresina. A faixa no sentido Centro - Zona Leste foi tomada pelos estudantes, que seguem em passeata até o cruzamento com a rua Coelho de Resende. Viaturas da Polícia Militar acompanham o movimento. 

Atualizada às 15h54min
Manifestantes irão decidir na avenida Frei Serafim quais os rumos do movimento contra o aumento da tarifa de ônibus em Teresina. Na tarde desta quarta-feira (11), eles já passaram pelos palácios da Cidade, sede da Prefeitura, e de Karnak, do Governo do Estado, em caminhada apelidada de "Dia do Troco". O termo faz alusão à uma resposta dos estudantes após o confronto com a Polícia Militar no final da tarde de ontem.


Um grupo de pessoas passou cerca de 20 minutos em frente ao Palácio da Cidade e decidiu seguir até o Karnak, sempre acompanhado por um contingente de policiais militares. Depois de meia hora na porta da sede do Governo do Piauí, os manifestantes continuaram em caminhada até a avenida Frei Serafim, principal palco dos atos que tiveram início no dia 2 de janeiro.

Membro da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres - ANEL -, e um dos integrantes do fórum de entidades em defesa do transporte público, Luan Matheus Santana informou ao Cidadeverde.com que os estudantes se reunirão no passeio da avenida e deliberar a programação para o restante da manifestação. Ninguém confirma se a Frei Serafim será fechada novamente.

A PM prometeu enviar cerca de 500 homens para garantir que a via não seja obstruída. A cúpula da segurança pública do Estado informou ainda que investiga um grupo denominado "narcopunks", que estariam inflamando o movimento e fugindo quando há confronto.

Das pessoas presas ontem, sete foram levadas para a Casa de Custódia de Teresina e duas para penitenciária feminina. Os manifestantes não conseguiram arrecadar os R$ 6.220,00 de fiança para a soltura. O movimento entrou com pedido de habeas corpus a ser analisado pela juíza Waltânia Alvarenga. Eles sugerem a liberdade provisória desde que os presos não participem de novos atos.

Daniel Cunha (Especial para o Cidadeverde.com)
Yala Sena (flashes da avenida Frei Serafim)
Fábio Lima (da Redação)
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