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Ronaldinho vai para Bolívia, mas Fla tem prazo para pagamentos

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Na tarde deste domingo, dirigentes do Flamengo foram a Porto Alegre para o que se pensava ser a apresentação de uma solução para a assinatura do contrato de Ronaldinho Gaúcho com a Traffic foi, na verdade, um pedido de extensão de prazo. O clube tem até quarta-feira para apresentar a assinatura ou um novo formato, com ou sem parceria, para pagamento dos vencidos e dos a vencer.




Haveria compensação financeira pelo atraso de cinco meses de direitos de imagem, a serem pagos pela empresa. Isso, contudo, garante que o camisa 10 viajará nesta segunda-feira para a Bolívia, onde o time fará o primeiro jogo da pré-Libertadores, contra o Real Potosí, no dia 25.


De fato, o vice jurídico do Flamengo, Rafael de Piro, só confirmou que Ronaldinho viajará. Mas se novamente o prazo não for cumprido, o caso pode se complicar. Assis recebeu em Porto Alegre, além de De Piro, o vice de finanças Michel Levy e o marido da presidente Patrícia Amorim, Fernando Sihman. Assistiram juntos ao amistoso que terminou 2 a 2 em Londrina, contra o Corinthians, com dois gols dos reservas do Flamengo.


O técnico Vanderlei Luxemburgo chegou a dizer, depois de repetir que o clube estava acima dos problemas que tumultuaram a pré-temporada da equipe, que não estava enxergando esse espírito no elenco. A omissão da diretoria em se posicionar quanto ao pagamento de luvas e direitos de imagem atrasados foi interrompida no sábado à tarde. O vice de futebol, Luiz Augusto Veloso, único dirigente em Londrina, prometeu quitar a dívida antes da partida pela pré-Libertadores. Prometeu também reforços em curto prazo – o clube procura zagueiro, meia e atacante.


Assis estaria pagando para ver. Aguardando, não corre o risco de manchar o currículo do atleta e se protege em eventual e, por ora, improvável, futuro litígio. Se Ronaldinho não embarcasse para a Bolívia, a crise poderia ter consequências imprevisíveis. Com o caso tendo de ser resolvido até quarta, o Flamengo perde poder de barganha no acerto dos últimos detalhes que ainda impediam a assinatura do acordo com a Traffic, mas ganha mais alguns dias para impedir um problema maior.


Para Assis, uma solução mais drástica também não soa, a princípio, interessante, já que o salário em carteira do jogador pago pelo clube – R$ 250 mil mensais – está em dia. A Justiça poderia, ou não, considerar os direitos de imagem, com pagamento de R$ 750 mil mensais pagos pela Traffic, parte do salário. O desfecho da ação dependeria de diversos detalhes alheios à vontade das partes.



De mãos atadas, Vanderlei Luxemburgo evitou fazer críticas à diretoria, mas a forma como o departamento de futebol vem sendo gerido o incomoda. No caso de Ronaldinho, ele também se mostrou contrariado e lembrou que o atacante Deivid, por exemplo, tem mais a receber e nunca ficou fora de um jogo ou deixou de treinar. O técnico não admite não ter o poder de decisão que teria sido prometido quando foi contratado. As frases de Patrícia Amorim tentando colocar um fim na polêmica entre o Luxemburgo e o vice de finanças Michel Levy também deixaram o treinador insatisfeito.


Observando que o time não está rendendo, o que ficou claro nos dois amistosos realizados, e que não está tendo respaldo para ser "manager" do futebol do clube, Luxemburgo afirmou depois do jogo contra o Corinthians, neste domingo, que irá se posicionar depois de disputar a pré-Libertadores contra o Real Potosí. O jogo de volta é no dia 1º de fevereiro, no Engenhão.



Fonte: IG
 
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