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Após 3 anos, vítimas da barragem Algodões I cobram indenização

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Em entrevista no Jornal Cidade Verde desta quinta-feira (9), Corsino Medeiros, presidente da Associação das Vítimas da Barragem de Algodões I, afirmou que espera do Governo do Estado uma solução para o pagamento de indenizações às vítimas do rompimento do reservatório, ocorrido em maio de 2009. Ele espera que seja apresentada uma proposta na reunião marcada para a manhã desta sexta-feira no Ministério Público do Piauí. 


"É preciso uma ação conjunta de Ministério Público, Meio Ambiente, Executivo e Legislativo para solucionar o problema que não é meu, não é das vitimas, mas é do Estado, da nossa sociedade piauiense. Não se pode entender o porquê dos nossos dirigentes não terem chegado à compreensão de que povo miserável faz um estado miserável, povo próspero faz um estado próspero", disse Corsino Medeiros, que lidera a luta pela indenização de mais de mil famílias. 


O presidente da associação também reclama da situação vivida pelas famílias, sem condições de plantar em terras improdutivas. "As famílias foram deslocadas para agrovilas, que não têm nada a ver com sua realidade, e agrovilas que não têm terra para trabalhar. (...) Nós vivemos uma situação de miserabilidade completa. Hoje ele não tem onde trabalhar, não tem como criar seus animais, e a maior parte sem água", denuncia. 

"Nós esperamos que amanhã os homens encarregados disso tenham bom senso de ver que toda a sociedade está prejudicada. Não se pode fazer desenvolvimento em cima da miséria", concluiu Corsino Medeiros. 


Em janeiro, em outra reunião no Ministério Público, o Estado afirmou que precisaria estudar o caso de cada família para definir valores das indenizações. O rompimento da barragem matou nove pessoas e atingiu cerca de 10 mil no Norte do Piauí, em especial nos municípios de Cocal da Estação e Buriti dos Lopes. 

Fábio Lima
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