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Excesso de som no carnaval pode gerar perda auditiva permanente

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A maratona do carnaval necessita de alguns cuidados especiais com a saúde. Para evitar problemas durante os quatros dias de festa, é necessário ter uma atenção redobrada com o corpo. O que muitas pessoas não sabem é que os ouvidos também merecem um cuidado,  pois os foliões que gostam da agitação do sambódromo e correr atrás do trio devem saber das possíveis conseqüências do barulho em exagero.

Sabe aquele zumbido irritante que se ouve depois de ter passado dias em um local agitado e com muito som? Isto é um sinal de que a audição está comprometida. A Organização Mundial de Saúde condena o volume acima de 85 decibéis. E os equipamentos utilizados nos trios elétricos chegam a 120 decibéis. Para os ouvidos, é como ficar bem próximo da uma turbina de avião.

De acordo com o otorrinolaringologista Jean Guimarães, o folião deve prestar atenção se está com dificuldades para ouvir. “Caso a pessoa esteja com a sensação de ouvido tampado e desaparecer em até 12 horas a lesão é temporária e foi revertida pelo organismo”, declara. Quando os sintomas persistem  além desse tempo, é necessário procurar um especialista na área.

A estudante Neilane, que adora as festas carnavalescas, revela que nunca teve preocupação com seus ouvidos na hora da folia. “ Quase não lembro de sair de perto de locais mais barulhentos, mas sinto depois os problemas, como zumbidos e dores de cabeça também”, afirma Neilane.

Dados da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia demonstram que 15 milhões de pessoas em todo o país têm algum tipo de perda auditiva. Quem tem colesterol alto, diabetes, histórico familiar de surdez ou faz uso de alguma medicação que possa afetar o sistema auditivo tem chances maiores de ter uma lesão irreversível.

As recomendações dos otorrinolaringologistas não agradam muito os foliões, como usar protetores auditivos ou então não se expor aos ruídos. Mas, para quem não quer perder nenhum momento da folia, também existe uma solução para se proteger os ouvidos. “ Uma das opções é intercalar os momentos de ficar perto e longe do som. Dar um descanso de meia hora, no mínimo , diminui as lesões”, aconselha o otorrino Jean Guimarães.

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