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Público cai na Bahia após greve da PM

Ainda não há dados oficiais, mas comerciantes, taxistas e a própria administração pública já admitem que a greve promovida pela Polícia Militar dias antes do carnaval causou diminuição do público nos primeiros dias da folia em Salvador. “Esperávamos alguma retração e ela está sendo percebida, de fato”, afirma o presidente da estatal Salvador Turismo (Saltur), Claudio Tinoco. “Não temos ainda como quantificar, mas a movimentação nos circuitos e nos camarotes é menor que a registrada no ano passado e nos anos anteriores.”


O taxista Antonio Flores concorda. “Este ano está fraco, os restaurantes estão vazios, os bares estão vazios, estou fazendo três, quatro corridas boas em um dia, quando o normal, nessa época, seriam oito, dez”, afirma. “É ruim porque esta costuma ser a melhor época no ano – e é difícil recuperar depois.”

O próprio governador Jaques Wagner, presença constante nos camarotes (e em alguns blocos) da folia soteropolitana nos anos anteriores, dispensou os convites e foi à festa apenas hoje (domingo), acompanhar os desfiles do Circuito Osmar (Campo Grande), a partir do camarote do governo. “Não estou tão animado quanto no ano passado, por exemplo”, admite. “Não tem como dizer que a gente não se abala (com um evento como a greve da PM), não dá para fingir que nada aconteceu.”

Ele, porém, avalia que a baixa de público nos circuitos ainda pode ser revertida. “É normal que a maior parte dos turistas venha a partir do sábado – e as informações que tenho são de alta ocupação nos hotéis da cidade, similar a de anos anteriores”, afirma. “Tudo indica que teremos um carnaval dentro da normalidade, e tenho sentido as pessoas em um espírito mais de paz.”

Segundo dados da Secretaria de Turismo do Estado (Setur), a rede hoteleira de Salvador registra, hoje, 84% de ocupação, sendo que os hotéis que ficam nos circuitos da festa estão com 94% de ocupação – nos demais, a taxa média é de 73%.

Segurança

Já de acordo com o secretário de Segurança Pública, Maurício Barbosa, o número de registros de ocorrências nos três primeiros dias do carnaval de Salvador é 22,9% menor do que o registrado em igual período do ano passado.

Apesar disso, houve o registro de um homicídio no Circuito Dodô, na noite de sexta-feira, algo que não acontecia há cinco anos no carnaval de Salvador. “Foi uma situação em que gangues rivais se encontraram e houve essa morte”, afirma Barbosa. “O jovem que morreu já tinha sido preso e seu agressor já foi identificado e detido.”

Fonte: Estadão
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