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'Flertei com Xuxa mas não fui correspondido' diz Sérgio Malandro

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“Yeh Yeh! Tudo bem com vocês?”. Foi assim que Sérgio Mallandro saiu do quarto de seu apartamento em São Paulo. Durante a sessão de fotos, as expressões “Glu Glu” e “Yeh Yeh” saem ao mesmo tempo em que as poses são feitas. Naturalmente.

(Fotos: André Giorgi)

Sérgio Mallandro está prestes a ficar mais exposto do que nunca no reality “A Vida de Mallandro”, que vai ao ar a partir do dia 05 de abril no canal pago Multishow. O programa vai mostrar cenas do cotidiano do humorista em sua casa nada convencional, em que ele mora com a ex-mulher e o filho mais velho. Para ele, nenhum problema, já que a mansão de cinco andares no Rio de Janeiro parece ter espaço suficiente para todos.

Caracterizado com o seu chapeuzinho de hélice, Sérgio assegura que o seu maior medo não é o de envelhecer e sim o de entristecer. “Se eu tiver que envelhecer, mas continuar alegre e disposto, com energia, não tem problema”, avalia. Passando sua vida a limpo em um divertido bate-papo, o humorista – que segue em cartaz pelo país com o seu espetáculo de stand up comedy “Sem Censura” – contou histórias engraçadas e ainda falou que arriscava os olhos para Xuxa, mas não era correspondido: “Eu olhava para ela e ela olhava para o lado”, brincou.

Mas quem pensa que Sérgio só vive de “gluglus” e “yehyehs” está completamente enganado. Ele afirma que nunca usou drogas em toda a sua vida, experimentou um gole de álcool pela primeira vez aos 26 anos e hoje diz ficar bêbado com cinco cervejas. Ele também criou e mantém a creche Santo Expedito em Guarulhos, na Grande São Paulo, e prega mais ação por parte da população. “Cada pessoa deveria fazer um pouco pelos outros, ter atitude na vida. O mundo seria muito melhor com isso”.

Confira abaixo o bate-papo com Sérgio Mallandro:


Como surgiu a ideia de fazer o reality show “A Vida de Mallandro”?
Sou solteiro e tenho uma casa no Rio onde moro com a minha ex-mulher (mary Mallandro) e meu filho mais velho (Serginho). É uma casa muito grande, tem cinco andares. Eu adoro aquela casa, tenho há muitos anos. Cada um tem o seu espaço. Mas é lógico que a gente sempre se esbarra. Então foi um diretor na minha casa e falou que aquilo era surreal e precisava virar um reality show.

É difícil esse relacionamento? Existe ciúme ou é tudo liberado?
Sérgio Mallandro: O nosso convívio é ótimo, estamos separados há muitos anos e a gente se vê como irmãos. Somos uma família. A gente está em casa, então quando arrumamos namorados nada mais natural do que levar pra lá. E realmente não rola ciúme, cada um tem a sua vida. É lógico que a Mary sempre coloca alguns defeitos nas mulheres, mas é tudo normal.

O reality show vai realmente mostrar tudo o que acontece na sua vida?
Sérgio Mallandro: No reality comecei a gravar com uma namorada, aí terminei com outra. Vai ser o maior barato, ainda estou filmando algumas partes. O programa é uma loucura, porque acontece de tudo e a gente mostra tudo lá. Estamos pensando em fazer uma outra temporada.

Você acha que vai encontrar um grande talento em seu outro reality show, o “Prêmio Multishow de Humor”, que busca novos humoristas?
No júri sou eu e o Fernando Caruso, a Natália Klein e a Miá Mello. Nós vamos escolher o melhor humorista do Brasil e acho que vai sair só gente boa de lá.


Como é o convívio entre você e os seus filhos?
Tenho o Serginho Tadeu, de 26 anos, e dois menores que moram na Europa: a Stéfani, de 18, e o meu garotinho, Edgard, de 14. Ele é praticamente inglês, mora lá desde criancinha e só fala besteira. Mas é difícil por causa da faixa etária, então eles pensam bem diferente, querem fazer coisas que não combinam, mas é um barato.

O seu convívio com os filhos é bom e você ainda age como um garoto. Tem medo de envelhecer?
Eu tenho medo de um dia ficar triste. Não tenho medo de um dia envelhecer. Se eu tiver que um dia envelhecer, mas continuar alegre e disposto, não tem problema. O medo da velhice é perder a energia, porque sou um cara hiperativo. Mas o envelhecimento vem da cabeça, de quando você para de sonhar. Acho que o homem não morre quando deixa de existir, ele morre quando deixa de sonhar.

Já que você não tem medo de envelhecer e é solteiro, como é o seu relacionamento com as mulheres?
Tenho um estilo de fazer sexo. Agora eu faço com chapeuzinho de hélice e pelado. Já tomei Viagra, não tenho problemas de falar.

Qual o seu estilo de mulher?
O estilo de mulher que eu mais gosto? É o estilo bêbada. Porque a bêbada fica facinha. Ela pega gente que nunca pegaria, faz coisa que nunca faria.

Na década de 1990, você era um dos grandes amigos da Xuxa. O que você pensa sobre ela?
Eu adoro a Xuxa. Ela é uma pessoa que mora no meu coração, que eu amo. Sempre falo para as pessoas que tudo o que a Xuxa tem, ela conseguiu através do trabalho dela. Ela é uma pessoa muito iluminada. Me lembro quando ela começou. Eu a pegava no “Planeta dos Homens” de moto, levava ela até a casa dela no subúrbio do Rio. Ela ia dormir às duas da manhã e acordava às sete. Às vezes ela dormia maquiada para poder fotografar, de tanto que ela trabalhava.

Vocês ainda mantêm contato?
Sérgio Mallandro:  Mas a gente não tem mais o mesmo contato que antigamente. Agora o foco dela é a Sasha e às vezes a gente bate um papo. Mas a Xuxa é uma pessoa que eu amo muito.

E vocês chegaram a ter algum romance na época?
Eu olhava para ela e ela olhava para o lado.

E como você fez para se sustentar depois que passou essa fase de cinemas e programas de televisão?
Sempre fiz show a minha vida inteira. Depois que as crianças cresceram, comecei a fazer show para os universitários e é uma loucura. Então eu fiquei afastado da mídia, não tenho um programa que eu apresente, mas o Sergio Mallandro as pessoas não esquecem.

Você já experimentou algum tipo de droga?
Nunca usei droga na minha vida. Por incrível que pareça. É até uma decepção para algumas pessoas. Cocaína deixa elétrico e eu já sou. Não bebo e meu primeiro gole de álcool foi aos 26 anos. Se eu for numa balada e tomar 4, 5 cervejas, já fico bêbado e não uso nada. A droga é um caminho que não leva a nada.

As suas marcas registradas são as expressões “Glu Glu”, “Yeh Yeh”, “Rá” e o boné de hélice. Você gosta de ser reconhecido por isso ou tem medo de nunca se livrar dessas expressões?
Eu vivo no presente. Estou há 30 anos na TV com essa história louca. Primeiro era o ‘Glu Glu’, depois virou o ‘Rá’, agora o ‘Yeh Yeh’. A gente tem que viver o momento e não ficar pensando no que vai acontecer, se isso vai cansar. Tem sempre que quer inovar, se atualizar. Antigamente fazia programa para crianças, mas aí essas crianças cresceram e hoje têm 20, 25, 35 anos, então comecei a fazer a ‘Pegadinha do Mallandro’, ‘A Casa dos Desesperados’. Isso faz parte da minha história.

E o que mais marcou você graças a essas expressões?
As pessoas me encontram na rua e falam essas expressões para mim. Elas me contam sobre o passado. Uma vez um policial veio falar comigo e disse: ‘eu tenho uma profissão que, às vezes, mato pessoas. Você participou da minha fase mais pura, da minha infância. Estou te dando um abraço e voltando ao meu momento mais puro. Tenho que matar para não morrer’. E ele começou a chorar, foi emocionante. Histórias como essas sempre acontecem, então eu gosto disso.

Tem algum arrependimento da época das pegadinhas?
Só lembro das coisas boas nas pegadinhas, não me arrependo de nada. Eu fazia de tudo pelo Ibope. Foi processo para tudo que é lado, mas a gente era muito louco naquela época, hoje em dia não dá para fazer uma coisa dessas. Não preciso pedir desculpas para ninguém.

O que você faz para ajudar as pessoas que estão ao seu redor?
Sérgio Mallandro: Hoje eu tenho a minha creche. Minha preocupação é poder trabalhar e ajudar as pessoas que estão ao meu redor. Sou eu e uma amiga que cuidamos, mais algumas doações que aparecem de voluntários. Eu que dou a verba para manter a creche. É uma coisa que eu faço de coração. Cada pessoa deveria fazer um pouco pelos outros, ter atitude na vida. É só fazer um pouquinho, não precisa fazer muito. O mundo seria muito melhor.

Fonte: IG
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