Os mutuários do conjunto residencial Rodoviário I e II se reuniram nesta quarta-feira (14) na praça João Luís Ferreira, Centro de Teresina, para reivindicar a conclusão do projeto habitacional iniciado em 2008.

Segundo denúncias dos mutuários, do valor total destinado para a construção de 200 casas através do projeto Crédito Solidário, parceria entre Caixa Econômica Federal, Ministérios das Cidades e Governo Federal, que seria de R$ 3,6 milhões, restam apenas R$ 500 mil e as casas ainda não foram concluídas.

Os manifestantes afirmam que o Sindicato dos Rodoviários do Piauí (Sintetro) seria o responsável por intermediar a construção das casas. Os contratos foram assinados em 2008 e o prazo de execução seria de um ano, entretanto, até hoje, nenhuma casa foi finalizada.

Os mutuários dizem que o sindicato propôs que eles terminassem as casas em regime de mutirão. "Não aceitamos essa proposta porque no contrato que assinamos dizia que o sindicato sera responsável por construir as casas", afirmou zilmar Magalhães, uma das mutuárias, que atualmente paga R$ 90 de aluguel em uma casa no conjunto Vila Verde.

Assim como Zilmar outros mutuários também estão pagando aluguel ou morando de favor na casa de parentes. De acordo com os manifestantes, no último dia 7 de março, uma comissão de mutuários se reuniu com o diretor de Habitação da Caixa, Elisomar Cardoso, para obter informações sobre a obra. 

Tais informações seriam cedidas em uma reunião nesta quarta-feira, que teria sido cancelada pela manhã, após uma reunião da Caixa com o sindicato. Os mutuários querem que o banco explique os repasses feitos para o sindicato para a conclusão das casas.

Os mutuários denunciam ainda que emprestaram R$ 63 mil ao sindicato, para que fosse feito um registro dos imóveis e para agilizar as obras. "O sindicato até hoje não confirmou uma data para a devolução desse dinheiro".

A categoria pretende entrar com uma ação judicial coletiva junto à Caixa Econômica Federal.

A equipe do Cidadeverde.com entrou em contato com o presidente do Sintetro, Francisco das Chagas Oliveira, e aguarda seu posicionamento sobre as denúncias.