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Tia de Fernanda contesta versão de Nayra; Carro é devolvido para família

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Em entrevista por telefone ao Cidadeverde.com, Cassandra Lages, uma das tias da estudante Fernanda Lages, questionou a entrevista de Nayra Veloso, concedida com exclusividade à TV Cidade Verde. A jovem, que passou 10 dias presa na penitenciária feminina a pedido da Polícia Federal, disse não saber quem é responsável pela morte da colega no dia 25 de agosto de 2011, e citou ter a conheceu menos de três meses antes do incidente.

Cassandra Lages

"Não bate com o que foi informado anteriormente na Cico (Comissão Investigadora do Crime Organizado, divisão da Polícia Civil que acompanhou o caso antes da PF)", disse Cassandra Lages. Ela lembrou que a investigação anterior já apontou que as duas já haviam se conhecido cerca de quatro a cinco meses antes do incidente, mas Nayra Veloso declarou ter sido apresentada a Fernanda no dia 15 de junho do ano passado. A tia de Fernanda Lages estranhou a redução no tempo.

Perguntada sobre a entrevista concedida na cidade de Valença, Sul do Piauí, Cassandra Lages respondeu: "cada um se defende da forma possível". Nayra Veloso foi libertada no último domingo e negou que tenha estado com Fernanda e um homem nas obras do Ministério Público Federal horas antes da colega seguir novamente para o local e depois ser achada morta.

Investigação
Na última quinta-feira, Cassandra Lages esteve na Polícia Federal para receber o Novo Uno de cor preta, carro de Fernanda Lages encontrado em frente às obras do Ministério Público Federal no dia do crime. O veículo foi periciado e levado para a cidade de Barras, onde moram os pais da estudante.

O corpo de Fernanda Lages, exumado em fevereiro no cemitério de Barras, continua sendo periciado em São Paulo. A Polícia Federal não deu previsão de quando o mesmo será devolvido para a família.



Pai de Fernanda também comenta- Ampliada às 20h10
Em entrevista por telefone ao Jornal Cidade Verde, o pai de Fernanda, Paulo Lages, também comentou a entrevista de Nayra Veloso. "É o que ela sempre vem dizendo. Mas, pelo pedido da prisão preventiva dela pela Polícia Federal, quem somos nós para julgar essa questão?", disse.

Paulo Lages lembrou do inquérito da Polícia Civil, no qual uma testemunha já teria reconhecido Nayra horas antes da morte de Fernanda com ela e outra pessoa em frente ao local da morte. "E tem mais a prova científica, a prova da perícia, que constatou no material da sapatilha que ela realmente estava lá", acrescentou. Ele frisou que tais provas técnicas foram usadas para a Justiça determinar a prisão de Nayra Veloso.

O pai de Fernanda declarou que além de desconfiar da colega da filha também acredita que os vigias da obra sabem mais do que falaram para a Polícia Civil. "Vamos ver quando terminar o trabalho das investigações se ela realmente estava falando a verdade".


Fábio Lima
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